Falta de pediatras no Albert Schweitzer é debatida no CREMERJ
27/05/2022
A situação da falta de pediatras no Hospital Municipal Albert Schweitzer, localizado em Realengo – na Zona Oeste da capital – foi debatida, nessa quarta-feira, 25, durante uma reunião promovida pelo Departamento de Fiscalização (Defis) do CREMERJ, na sede do Conselho. O encontro teve participação de representantes da unidade e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS RJ).
Na abertura, o diretor do Defis e vice-presidente do CREMERJ, Guilherme Nadais, explicou que, além de uma fiscalização recente no hospital que apontou a falta de recursos humanos e sobrecarga de trabalho, o Conselho recebeu denúncias de colegas sobre essa situação. Entre os relatos, estão: poucos pediatras para a assistência dos pacientes, impactando, inclusive, na substituição de plantão.
A médica Eneida dos Reis, que representou a SMS RJ, a diretora-geral do Albert Schweitzer, Carla Antunes Manhães, e o responsável técnico da unidade, Bruno Martins, reiteraram que a Organização Social (OS) Viva Rio assumiu em janeiro deste ano e que vem sendo feito esforços para resolver o problema da falta de recursos humanos. Também foi dito que o serviço de pediatria chega a atender 120 crianças em dias cujo movimento é mais intenso.
Durante a reunião, os conselheiros Yuri Salles, Margareth Portella, André Costa, Benjamin Baptista, Roberto Fiszman, Helio Abreu, Luiz Zamagna e Ricardo Azedo fizeram questionamentos e pediram prioridade na resolução da situação, uma vez que isso prejudica diretamente a qualidade do atendimento, afetando médicos e pacientes.
Durante o encontro, ficou decidido um prazo de três meses para que os representantes do hospital e da SMS RJ apresentem soluções para os problemas. A reunião também contou com a participação do médico fiscal do CREMERJ Tiago Ninis e da coordenadora médica da pediatria da unidade, Ana Claudia Conegundes.
“Sabemos da gravidade da situação e estamos acompanhando este caso. Por isso, convocamos esta reunião para dialogar, porque o nosso objetivo não é de repressão, mas de solução. Entendemos que o prazo de três meses é importante e voltaremos a nos reunir em agosto, para saber no que o hospital evoluiu e como estará o andamento de tudo. Trata-se de uma situação difícil, mas é necessário que melhorias sejam feitas urgentemente”, frisou Guilherme Nadais.