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Corpo clínico do HFB e CREMERJ vão cobrar ação do DGH

28/05/2018

O CREMERJ e representantes do corpo clínico do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) agendaram uma visita ao Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), na próxima segunda-feira, 4, para mais uma vez cobrar um aumento de recursos humanos na unidade.  A decisão foi encaminhada hoje durante uma reunião entre dezenas de médicos do HFB com o presidente do CRM, Nelson Nahon.

O HFB vem sofrendo há vários meses com uma alarmante escassez de médicos e outros profissionais de saúde. A nova emergência do local, que ficou seis anos em obras e custou R$ 21 milhões aos cofres públicos, ainda está com as salas amarela e vermelha trancadas com cadeados três meses após a inauguração da unidade, em fevereiro. Em todo o hospital, faltam oncologistas, pediatras, ortopedistas e, principalmente, anestesistas, como relata o residente em neurocirurgia Daniel Moreira:

“A situação dos anestesistas aqui no HFB já era complicada, mas de dezembro para cá se tornou inviável. Tivemos uma redução de aproximadamente 80% do número de cirurgias. Além disso, os residentes têm enorme receio de não conseguirem sair daqui como profissionais de qualidade por causa das péssimas condições de trabalho em que o hospital se encontra”, declarou Daniel.

Para o chefe da Clínica Cirúrgica do HFB, Roberto Jamil, essa é a hora de todos os médicos, residentes e funcionários de todos os hospitais do Rio se unirem de vez: “Temos uma fila de câncer para operar e não podemos porque faltam recursos humanos e insumos. Outros hospitais também passam por problemas gravíssimos. Temos todos de comparecer ao DGH na próxima segunda para fazer nossa manifestação porque chegamos a um ponto em que não há mais volta”, convocou Roberto.

Médicos de diversas especialidades ressaltaram a formação de residentes no HFB e reclamaram da completa ausência de diálogo com a diretora-geral da unidade, Luana Camargo da Silva, que não compareceu ao evento e é desconhecida por grande parte do corpo clínico. Após a reunião, o presidente do Conselho e médicos de uma comissão formada durante o encontro se reuniram com o diretor-administrativo do HFB, Paulo César, para cobrar explicações.

“Sabemos que o DGH está ignorando um problema sério ao deixar que o HFB funcione nestas condições, mas é inadmissível que não haja conversa com a diretora do hospital. É fundamental que a direção assuma suas responsabilidades e abrace corpo clínico, residentes e outros profissionais nesse momento de crise”, declarou Nahon.  Os médicos ressaltaram a situação crítica gerada pela falta de anestesistas ao diretor administrativo e conseguiram marcar para amanhã, 29, uma reunião com a diretora-geral do HFB.