CREMERJ busca soluções para a falta de segurança nas unidades
20/06/2016
O CREMERJ lamenta que, mais uma vez, a falta de segurança nas unidades públicas de saúde tenha feito vítimas. O fato ocorrido no Hospital Municipal Souza Aguiar, no último domingo, 19, que resultou em uma morte e dois feridos e que causou momentos de terror entre pacientes e funcionários gerou grande indignação. O Conselho do Rio manifesta sua solidariedade aos médicos e demais profissionais de saúde do Souza Aguiar, à família do vigilante que foi atingido e morreu no local, ao policial militar e ao técnico de enfermagem que foram baleados durante a troca de tiros e estão em estado crítico.
Na busca de solucionar o problema, que se repete há anos, o CREMERJ solicitou uma reunião com secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame.
"A nossa luta por segurança nas unidades é antiga. Há tempos denunciamos esses problemas e, infelizmente, vemos acontecer quase que diariamente crimes que vão desde agressão aos profissionais que estão trabalhando, assaltos para furto de pacientes, roubo de equipamentos das unidades a ações para resgate de criminosos que estão sob custódia. O policiamento ostensivo e o monitoramento, principalmente, das unidades 24 horas, é premente", frisa o presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez.
Em janeiro, representantes do CREMERJ e do Sindicato dos Médicos do Rio estiveram com o comandante-geral da Polícia Militar do Estado (PMERJ), Edison Duarte dos Santos Júnior, para tratar da segurança dentro e no entorno das unidades hospitalares, além da permanência de presos sob custódia nos hospitais públicos.
Na ocasião, o CREMERJ solicitou, mais uma vez, que o Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), que estabelece a vigilância de escolas públicas por policiais militares, seja estendido às unidades de saúde, em especial às emergências 24 horas. O pedido já havia sido feito em outubro de 2014 e também em maio de 2012, quando membros do Conselho se reuniram com o secretário Beltrame por conta de outros episódios de insegurança. Em setembro de 2012, outra reunião discutira as condições de segurança nas unidades, motivada pela morte de uma pediatra após plantão no Hospital Getúlio Vargas.
São frequentes as denúncias recebidas no CREMERJ por parte de colegas que sofrem ameaças e presenciam momentos de terror no exercício do seu trabalho em todo o Estado. "A segurança dos médicos, demais integrantes das equipes nas unidades e dos pacientes é uma condição fundamental para a manutenção do atendimento, em especial das unidades que contam com emergência 24 horas", afirma Pablo Vazquez.
Nas fotos, cenas da ação de criminosos nesse domingo no Hospital Souza Aguiar