Clipping - Drone no combate ao mosquito Aedes aegypti
Extra / Mais Baixada
07/05/2018
Alunos do Cefet Nova Iguaçu desenvolveram projeto que é finalista em competição internacional. Eles fazem vaquinha para participar de premiação na Itália.
Da Baixada para a Europa. Uma invenção desenvolvida por
nove alunos do Cefet Nova Iguaçu vem fazendo sucesso dentro e fora do país. Um
sistema de detecção de foco do Aedes aegypti, por meio de drone, é finalista
entre quatro projetos em todo o mundo no Student Design Competition
(IEEE/CASS), competição internacional organizada pelo Instituto de Engenheiros,
Eletricistas e Eletrônicos.
O projeto começou a ser desenvolvido no ano passado pela
equipe de robótica do Núcleo de Pesquisa em Mecatrônica (Nupem) do campus de
Nova Iguaçu. É o único finalista do Rio de Janeiro e um dos dois representantes
da América Latina na competição. O desafio dos jovens, agora, é conseguir
recursos para levar toda a equipe para a final, dia 27, em Florença, na Itália.
O vencedor vai receber 3 mil dólares.
— A ideia é estender o conhecimento científico para além
das fronteiras da universidade. É um projeto interdisciplinar que envolve a
aplicação de tecnologia para resolver problema de saúde pública — explica o
professor Gabriel Araújo, do curso de graduação em Engenharia de Controle e
Automação, que coordena o sistema juntamente com o professor Amaro Lima, do
curso Técnico de Telecomunicações.
O instituto que organiza o concurso dá até 2 mil dólares a
cada estudante competidor para viagem e hospedagem. No máximo, oferece a ajuda
a três estudantes por projeto, na modalidade de reembolso. O valor que os
alunos do Cefet Nova Iguaçu tentam arrecadar na vaquinha online vai custear a
viagem dos demais alunos envolvidos. O link é https://www.kickante.com.br/campanhas/contra-atacando-zika-chikungunya-dengue.
Por um ano, os nove alunos envolvidos no trabalho entraram
de cabeça na criação do sistema, que usa a inteligência artificial. Só na
primeira parte foram marcadas 65 mil imagens de pneus para abastecer o banco de
dados do sistema de inteligência artificial.
— O mais difícil foi filmar as imagens num sol de rachar.
Carregamos pneus e baldes d’água. Foi muito trabalhoso — reconheceu Tayana
Moreira, aluna do 9º período de Engenharia de Controle e Automação.