Clipping - Cegueira pode ser evitada
Extra / Bem Viver
12/12/2017
OMS estima que até 80% dos casos poderiam não ocorrer com prevenção e tratamento
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a cegueira, hoje, atinge 1,2 milhão de pessoas no país. Dados do IBGE também apontam que 3,6% da população têm alguma deficiência relacionada a este sentido. E as estimativas não são boas: em 2020, estima-se que 80 milhões de cidadãos terão perdido a visão em todo o mundo.
— O principal fator para esta estimativa é o aumento da
idade média da população. Com mais pessoas idosas, a prevalência de algumas
doenças que causam a cegueira é muito maior — afirmou Paulo Augusto de Arruda
Melo, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que até 80%
dos casos de cegueira poderiam ser evitados, se as pessoas fizessem a prevenção
e seguissem um tratamento adequado.
— A melhor maneira de se prevenir é fazer os exames
periódicos, pois algumas doenças não apresentam sintomas. Fora isso, as pessoas
devem usar óculos escuros com proteção ultravioleta — orientou a oftalmologista
Kátia Mello, diretora do Centro da Saúde Ocular Kátia Mello.
Catarata, glaucoma e traumas
As principais causas de
cegueira entre os brasileiros são a catarata e o glaucoma, que costumam
aparecer com maior incidência em idosos. Caracterizada pela opacificação do
cristalino (lente dos olhos), quem tem catarata enxerga como se houvesse uma
névoa à frente. Apesar de causar cegueira, o problema pode ser resolvido com
cirurgia.
O glaucoma é uma doença que lesiona o nervo óptico e reduz o campo visual. Normalmente, por não apresentar sintomas, os pacientes só o descobrem ao fazerem exames de rotina ou após perderem sua capacidade de visão. Para este problema não há cura. O tratamento consiste, apenas, em controlar a doença.
Nos mais indivíduos mais
jovens, as principais causas de cegueira são os traumas.
— É importante se prevenir utilizando aqueles óculos de
proteção quando for fazer alguma atividade em que um corpo estranho possa
entrar nos olhos — recomendou Pedro Carricondo, membro do Conselho Brasileiro
de Oftalmologia.