Clipping - SEM REMÉDIOS EM UNIDADES BÁSICAS
O Globo /
21/10/2017
A falta de insumos em hospitais é agravada pela ausência de
medicamentos nas unidades da atenção básica (Clínicas da Família e Centros
Municipais de Saúde). A Secretaria de Saúde admitiu, na quarta-feira, que 118
dos 175 itens de uma lista de remédios estão em falta. São analgésicos,
antitérmicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
A agonia na rede municipal
não tem solução a curto prazo. A prefeitura enviou para a Câmara dos Vereadores
um orçamento para a saúde de R$ 4,97 bilhões em 2018, o mesmo patamar de 2016.
Este ano, o setor sofreu um contingenciamento de R$ 546 milhões dentro de um
orçamento previsto de R$ 5,46 bilhões, segundo dados coletados pelo gabinete da
vereadora Teresa Bergher (PSDB).
A crise no setor de saúde fica ainda mais clara quando são analisados os orçamentos para os grandes hospitais municipais. Para 2018, o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, terá seu orçamento reduzido de R$ 257 milhões para R$ 209 milhões, um corte de 18%. A redução no Miguel Couto, na Gávea, será de R$ 33 milhões, passando dos atuais R$ 199 milhões para R$ 166 milhões. O Salgado Filho poderá perder R$ 9,3 milhões (queda de R$ 171,8 milhões para R$ 162,5 milhões). Os dados estão no Projeto da Lei Orçamentária Anual, elaborado pelo Poder Executivo.