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Clipping - Profissionais de saúde da rede municipal protestam

O Dia /

23/10/2017


Funcionários de OS dizem que não receberam salários de agosto e planejam paralisação semana que vem. Prefeitura promete recursos

Profissionais terceirizados da rede municipal de saúde voltaram a protestar contra o atraso dos salários e as más condições de trabalho. Desta vez,foram os funcionários da Organização Social VivaRio que realizaram manifestação, na manhã de ontem, em frente à Clínica da Família Aloysio Augusto Novis e ao Centro de Saúde São Godofredo, ambos na Penha. Os trabalhadores  acusaram a OS  denão honrar os salários desde agosto e de promover demissões. Procurada,a Viva Rio não se pronunciou,alegando cláusula de confidencialidade no contrato firmado com a prefeitura. O Sindicato dos Médicos já anunciou uma greve para quinta-feira. Segundo a  entidade,os cerca de 1.200 médicos que trabalham nas 227 unidades de saúde da prefeitura  estão trabalhando em condições degradantes, com  atrasos de pagamentos, assédio moral e falta de insumos básicos para atender a população. A crise na saúde se intensificou a partir de agosto, quando começaram  os atrasos no repasse de verbas para as OSs que administram as unidades municipais. Alegando falta de dinheiro, as organizações suspenderam o pagamento de salários e  a compra de insumos,causando desabastecimento na rede,a ponto de zerar o estoque de1 18 de um total de 175 itens da lista medicamentos da Atenção Básica.Entretanto,uma Lei aprovada pela Câmara dos Vereadores vai retirar das OSs a responsabilidade pela compra de material médico hospitalar para as unidades de saúde. Ontem, a prefeitura depositou R$ 91,4milhões nas contas das nove OSs,entre elas a VivaRio, e o prefeito Marcelo Crivella prometeu liberar mais dinheiro. “ A Saúde, Educação e os salários são prioridade do nosso governo. Estamos encontrando mais R$ 100 milhões com o remanejamento de rubricas para alocar na Saúde nessa próxima semana”,disse. Em entrevista ao DIA,o secretário municipal de Saúde, MarcoAntonio de Mattos, afirmou que a pasta precisa de R$600 milhões até o fim do ano para manter o sistema funcionando. Mattos atribuiu a crise à queda de arrecadação do município (de R$ 29 bilhões previstos para cerca de R$ 25 bilhões), o aumento da demanda devido ao caos na rede estadual e às dívidas que não foram quitadas pelo ex-prefeito Eduardo Paes, que ultrapassam os R$ 650 milhões.