Clipping - Promotores da melhor idade
Extra /
21/06/2017
Aumento da
população idosa abre espaço para a área de gerontologia
Considerado um país jovem até a década passada, o Brasil começa a ver sua população de idosos triplicar. Os maiores de 60 anos, que eram 19,6 milhões em 2010, saltarão para 66,5 milhões em 2050, segundo as últimas projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o avanço da expectativa de vida, torna-se promissora uma carreira ainda pouco conhecida no mercado: a gerontologia.
Profissionais
desse ramo estudam o processo de envelhecimento e pensam em estratégias para
melhorar a qualidade de vida na terceira idade.
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Há alguns anos, era difícil explicar às pessoas a necessidade de profissionais
preparados para gerir de forma integral o envelhecimento. Com o aumento da
população idosa, isso ficou mais evidente, mas está longe de ser suprida a
demanda por profissionais qualificados — diz Dimas Silveira, coordenador da
Universidade Aberta da Terceira Idade, um curso de extensão da Universidade
Veiga de Almeida.
O
termo deriva da palavra grega “gero”, que significa ancião, a mesma que deu
origem ao termo geriatria. Apesar da semelhança fonética, as áreas de atuação
são diferentes.
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Geriatria é a especialidade médica que se dedica à promoção da saúde, prevenção
e tratamento de doenças. Gerontologia é o campo de estudo que se dedica ao
envelhecimento sob as dimensões biológica, psicológica, social e espiritual —
diz Márli Borborema Neves, presidente do Departamento de Gerontologia da
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Da advocacia à psicologia
A área da gerontologia é multidisciplinar. Por isso, conta com a atuação de profissionais de diversas áreas, desde advocacia até psicologia, passando por assistência social e música, entre outras. Também há demanda para pesquisa acadêmica sobre ao tema.
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Todas as áreas que contribuam em produções acadêmicas visando autonomia,
independência, funcionalidade, qualidade de vida e de morte da pessoa idosa
integram a gerontologia — explica Márli.
Para
atuar como gerontólogo, o profissional precisa fazer uma pós-graduação na área.
Algumas instituições já oferecem graduação em gerontologia, mas o bacharelado
ainda não está regulamentado.
Há
oportunidades de trabalho em ONGs, hospitais, casas de apoio a idosos e
atendimentos particulares.
‘Profissionais precisam de atualização constante’
MÁRLI
BORBOREMA
Presidente
do Departamento de Gerontologia da SBGG
Qual é a dimensão
do desafio da gerontologia no Brasil?
Já
há algum tempo vem sendo anunciado que o Brasil envelhece de maneira apressada.
Propostas e políticas vinham em planejamento e implementação, objetivando que a
sociedade estivesse organizada para oferecer recursos de manutenção da saúde,
participação e segurança das pessoas idosas. No entanto, enfrentamos problemas,
inclusive pela carência de serviços para assumir a demanda.
Há que se
reestruturar modelos e inová-los. Qual é o perfil do gerontólogo?
Profissionais
que atuam junto ao envelhecimento precisam de atualização constante, tendo em
vista as peculiaridades das intervenções nas pessoas idosas, garantindo
práticas seguras e condutas que gerenciem riscos.
Como isso deve ser
feito?
Qualificações
profissionais são importantíssimas, levando em consideração mais uma das
características da gerontologia, a educação continuada.