Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 2 - 2024
88 Ascaridíase biliar maciça como etiologia incomum de pancreatite aguda. Relato de caso Roberth Andres Hidrovo Giler et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.2, p.83-92, mai-ago 2024 Após a primeira CPRE a paciente conti- nuou estável clínica e hemodinamicamente, com melhora laboratorial mas sem atingir valores normais das enzimas hepáticas canaliculares. Procedeu-se, então, 48 horas após, a uma segunda CPRE na qual se en- controu: papila com novo pacote de áscaris impactados (Figura 7), cuja desimpactação foi obtida após a extração de 13 áscaris com auxílio da pinça de corpo estranho, e em seguida foi posicionado um fio-guia sobre o ducto biliar comum até as vias biliares intra-hepáticas. Pela colangiografia (Figura 8), confirmou-se, ainda, presença de áscaris nas vias biliares intra-hepática (VBIH) esquerda e direita. Com o auxílio de uma sonda com balão insuflado foi possível extrair vários áscaris do colédoco, e com a irrigação de SF 0,9% na VBIH D e E se Figura 7 Segunda CPRE Papila novamente impactada e após desimpactação. Figura 9 Vinte e sete Áscaris adultos extraídos após segunda CPRE. Figura 8 Segunda Colangiografia ainda com áscaris na via biliar. obteve a retirada de vários áscaris. Esta segunda sessão terminou com a extração de um total de 27 formas adultas das pa- rasitas (Figura 9). Devido à suspeita de persistência ainda de poucos áscaris na via biliar intra-hepática e na vesícula biliar, foi agendada nova CPRE em 7 dias.
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