Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 2 - 2024

70 Estado Atual do Tratamento do Câncer Colorretal Pedro Basilio Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.2, p.65-82, mai-ago 2024 Nos casos em que a lesão tem sua dis- seminação superficial de maior diâmetro, geralmente superior a 2cm, a dissecção submucosa endoscópica (ESD) está indi- cada. Nesta modalidade, da mesma forma que na mucosectomia, a lesão deve ser elevada com a injeção de solução salina, e uma agulha ligada ao eletrocautério é utilizada para realizar a resseção, disse- cando a margem profunda da submucosa circunferencialmente (Figura 3). Câncer de Cólon Avançado Entende-se por câncer avançado aquele que invade a camada muscular própria do órgão, entretanto, para efeito de conduta, vamos considerar aquelas lesões que não preenchem os critérios citados para excisão local com intenção curativa, ou seja, in- cluiremos os tumores T1 de alto risco e os T2 em diante. Nos casos de câncer de cólon a cirurgia é o método de eleição, podendo ser cura- tiva nos casos em que não se evidenciar metástases linfonodais. Nos casos em que temos linfonodos comprometidos ou presença significativa de depósitos tumorais, os chamados tumor buddings , a quimioterapia adjuvante está indicada e tem impacto positivo na sobre- vida global destes pacientes. Geralmente são empregadas as fluoropirimidinas. Em alguns casos de câncer de cólon lo- calmente avançado, a quimioterapia neoad- juvante pode ser utilizada para regres- são tumoral e consequente ressecção sem Figura 3 Dissecção submucosa endoscópica (ESD). A. Marcação dos limites de ressecção. B. Profundidade do plano de corte. C. Incisão endoscópica circunferencial. D. Ressecção “em disco”.

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