Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024

39 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.28-50, jan-abr 2024 Pancreatite Aguda - Definição, Patogênese, Classificação, Diagnóstico José Marcus Raso Eulálio et al. CLASSIFICAÇÃO Amultiplicidade de situações associadas com a pancreatite aguda gerou ao longo dos anos uma terminologia múltipla e por vezes confusa em que situações semelhan- tes foram descritas na literatura através de termos técnicos diferentes. A Classificação de Atlanta de 2002, atualizada em 2012, corrigiu estas distorções, (15) tornando-se o padrão para definições e termos técnicos utilizados por especialistas de diferentes áreas. Radiologistas, cirurgiões, intensivis- tas e gastroenterologistas passarama utilizar termos semelhantes comcrescente facilidade para comparação de casuísticas e avaliação do benefício de diferentes terapêuticas. (16) Caracteriza-se a Classificação de Atlan- ta pela integração de conceitos relativos à fisiopatologia e à história natural traduzi- dos pela definição quanto à apresentação clínica, às fases evolutivas, às alterações estruturais e às complicações locais. 1. Apresentação clínica Existem três apresentações distintas na pancreatite aguda: ƒ Pancreatite aguda leve - ausência de falência de órgãos; ausência de compli- cações locais ou sistêmicas ƒ Pancreatite aguda moderadamente severa - presença de falência orgânica Figura 9 Necrose infectada secundária à pancreatite aguda. Paciente no 43 o dia de evolução com coleção retroperitoneal de difícil acesso. Realizada punção (A) que confirmou a infecção, sendo então colocado cateter para drenagem percutânea (B).

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