Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024

33 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.28-50, jan-abr 2024 Pancreatite Aguda - Definição, Patogênese, Classificação, Diagnóstico José Marcus Raso Eulálio et al. As alterações sistêmicas derivam da interação entre a inflamação iniciada no pa- rênquima pancreático e a microcirculação. Para tal, ocorre a ativação de macrófagos M1 e neutrófilos que poderão, na intimi- dade dos tecidos, gerar lesão endotelial difusa com insuficiência multiorgânica. A quimiotaxia destas células é gerada e amplificada por produtos da necrose pan- creática que pode ocorrer nas inflamações severas. Destacam-se como mediadores de quimiotaxia o TNF, as interleucinas 6, IL-1B e IL-18, os MCP1, CXCL1 e 2, o HMGB1 e o ICAM1 (3) (Figura 4). Os estímulos potentes Figura 3 Mutações associadas à pancreatite. A mutação PRSS1 (seta azul) leva a um ganho de função com aumento da conversão de tripsinogênio em tripsina e aumento da estabilidade da tripsina. As mutações SPINK1 e CTRC (vermelho linha) levam a um desequilíbrio de proteases e antiproteases com as respectivas perdas de defesas de primeira e segunda linha contra a ativação de tripsinogênio e a cascata enzimática que leva à autodigestão e pancreatite. A mutação no gene CPA1 leva a alteração do enovelamento proteico no retículo endoplasmático (RE), levando ao estresse do RE e ao desenvolvimento de pancreatite. Adaptado de Dytz et cols (8) .

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