Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024

31 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.28-50, jan-abr 2024 Pancreatite Aguda - Definição, Patogênese, Classificação, Diagnóstico José Marcus Raso Eulálio et al. 3. Fatores Predisponentes e Mecanismos Protetores Em várias doenças, os hábitos do pa- ciente levam a características que predis- põem ou protegem quanto ao desenvolvi- mento da doença. Na pancreatite aguda não é diferente. Dieta rica em frutas, peixes, café e consumo de vitaminas A, C e E é considerada fator protetor. Por outro lado, a obesidade, a dislipidemia (hipertrigli- ceridemia) e especialmente o fumo são considerados fatores predisponentes e Figura 2 Álcool e toxinas aumentam síntese de lisossomos e enzimas digestivas, e diminuem a exocitose dos grânulos de zimogênio (1) com acúmulo dos mesmos (2). O TNF através de seu receptor (RTNF) pode ativar prematuramente o tripsinogênio (3). Estes eventos estimulam a co-localização na qual lisossomos e grânulos de zimogênio se fundem (4). A catepsina B dos grânulos ativa o tripsinogênio em tripsina e ambos são liberados no citoplasma. A catepsina B (5) ativa também os receptores de interação com a proteína quinase (RIP, RIP1, RIP3), bem como resulta na oligomerização de quinases mistas (MLKL), e leva ainda à apoptose por liberação do citocromo C das mitocôndrias (6). Finalmente, a fosforilação e a oligomerização do MLKL o translocam para a membrana celular, causando ruptura da membrana e necrose celular (7). Adaptado de Lee PG and Papachristou. (3)

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