Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024

24 O Mesentério e a Mesenterite Marta Carvalho Galvão Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.19-27, jan-abr 2024 As doenças inflamatórias agudas (di- verticulite, apendicite, colecistite e pan- creatite) são também causas frequentes de infiltração mesentérica, no entanto os comemorativos clínicos da doença primária apontam para o diagnóstico, e a mesente- rite aparece aqui como mais um sinal de envolvimento regional (Figura 4). As Figuras 5, 6 e 7 referem-se a um paciente de 72 anos, portador de linfoma folicular que apresentava massa linfonodal periaórtica e infiltração do mesentério (-11 HU), com deslocamento de vasos e com linfonodos de permeio com mais de 10mm. A presença do “sinal do halo” (Figura 8) refere-se à preservação da densidade normal da gordura em torno dos vasos mesentéricos; a “pseudocápsula” (fino te- cido que envolve o mesentério infiltrado, conferindo aspecto de massa) (Figura 9) sugere etiologia benigna; a massa que capta contraste, desloca vasos, tem contornos es- piculados, associada a nódulos peritoneais, sugere malignidade (Figura 2). Assim, é importante observar o padrão morfológico do envolvimento mesentérico e achados associados, como: a) Aumento da atenuação da gordura me- sentérica (Figura 9) b) Presença do sinal do halo (Figura 8) c) Presença de pseudocápsula (Figura 9) d) Efeito de massa sobre estruturas vizi- nhas (Figura 9) Figura 4 Paciente de 23 anos. Apendicite aguda com acentuada infiltração periapendicular. O apêndice não tem um mesentério verdadeiro, mas uma prega peritoneal, usualmente denominada mesoapêndice Figura 5 Paciente de 72 anos, portador de linfoma folicular. Massa linfonodal periaórtica

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