Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024
23 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.19-27, jan-abr 2024 O Mesentério e a Mesenterite Marta Carvalho Galvão Havia linfonodo regional de 1,5cm (Figura 2). O paciente foi submetido à cirurgia laparoscópica do abdome, com conversão à laparotomia para ressecção do segmen- to de alça jejunal, linfonodos e parte do mesentério acometidos (Figura 3). O diag- nóstico histopatológico mostrou tratar-se de adenocarcinoma jejunal. Solicitado tomografia do tórax que evidenciou me- tástases pulmonares. Realizada quimioterapia. Paciente teve sobrevida de 2 anos. Embora tumores malignos do jejuno e do duodeno sejam incomuns, eles podem envolver diretamente a rota do mesentério do delgado. Estas neoplasias podem disseminar-se por extensão direta, ao longo dos plexos neurais, por extensão ao longo dos liga- mentos vizinhos ou pelos vasos linfáticos ao longo do mesentério. Quando há acometimento do tubo di- gestivo, adenocarcinomas e linfomas são os mais frequentes. (6) A detecção de neoplasias malignas em pacientes com achado incidental de mesenterite correlaciona-se à presença e ao tamanho do linfonodo mesentérico. Linfonodos mesentéricos com menos de 10mm (menor eixo), sem outras áreas adicionais de linfonodopatia, demonstram um curso benigno, sem necessidade de seguimento. Figura 2 Linfonodo regional de 1,5cm Figura 3 Peroperatório – segmento estenosado de alça de jejuno
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