MANUAL DE PUBLICIDADE E ASSUNTOS MÉDICOS
54 Manua l d e P u b l i c i dad e d e A s s un t os Mé d i cos se posicionar diante dos fatos que estão sendo divulgados. Deixar de manifestar a sua versão é permitir que outras versões tomem força. Seja sereno Mantenha a calma, responda todas as perguntas realizadas pelo repórter. Não demonstre irritação com os questionamentos. Lembre-se que este é o trabalho do jornalista. Não oculte nada Fale sempre a verdade. Nunca diga “nada a declarar”. Quando não souber responder alguma indagação diga ao repórter que não sabe. Faça declarações que possa assumir a autoria Somente declare o que puder assumir; evite declarações em off . Para hospitais, clínicas e casas de saúde Procure reservar um espaço específico para receber a imprensa. Se houver vários veículos de comunicação sendo esperados, melhor aguardar até que esteja presente um número razoável e, assim, possa ser concedida uma entrevista coletiva. U s o d e m a r c a s e n o m e s c o m e r c i a i s Em certas e determinadas situações, o médico, numa tarefa didática (escrevendo ou falando), deve, sempre que possível, ao sugerir uma terapêutica, indicar apenas o “nome do sal”. Não constitui ato desonesto ou antiético o fato de o médico preferir este ou aquele produto comercial, sobretudo quando sua experiência lhe dá maior confiança. A partir do momento em que o expositor se dirige à população médica, por escrito ou verbalmente, deve poupar alusões a determinados nomes comerciais. E quando tais alusões forem necessárias, ou se tornarem imprescindíveis, é de bom alvitre afirmar que sua experiência baseia-se naquele produto, sem contudo procurar induzir que essa especialidade farmacêutica seja melhor que outra. Ainda mais é justificável, na hipótese de existirem marcas comerciais destituídas de similaridade. Por outro lado, não vemos justificativa para a citação de todos os outros produtos congêneres. É claro que o médico-leitor ou o médico-ouvinte, em geral menos adestrado, necessita de ensi- namentos objetivos e fáceis. A indicação pura e simples do sal, nome complexo e extenso, talvez não alcançasse seu propósito. O mesmo ocorre no setor instrumental, onde não é aconselhável recomendar que este ou aquele aparelho seja mais fascinante e eficiente; posto que, mesmo sem a devida intenção, estaria o ex- positor fazendo publicidade daquele instrumental. Deve sim, não só explicar-lhe simplificadamente o mecanismo operacional, mas asseverar que sua observação fundamentou-se naquele tipo de aparelho. A soma de muitas informações dirá, sem dúvida, qual é o melhor e o mais prático. O médico de hoje já não utiliza uma farmacopéia tão restrita. Embora seja conhecedor de inúmeras drogas, é indiscutível que ele procure restringir-se a uma escolha seletiva aprovada pela sua obser- vação, em virtude de existir uma profusão de drogas no mercado, “inventadas” unicamente por espí-
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