DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 265 I NFLUENZA crianças. Outras complicações incluem miosite, miocardite, pericar- dite, síndrome do choque tóxico, síndrome de Guillain-Barré e, mais raramente, encefalite e mielite transversa. Diagnóstico laboratorial - Os procedimentos apropriados de cole- ta, transporte, processamento e armazenamento de espécimes clínicos são fundamentais para o diagnóstico etiológico. O espécime preferen- cial para o diagnóstico laboratorial são as secreções da nasofaringe (SNF), obtidas por meio de aspirado de nasofaringe, com auxílio de um coletor descartável ou de swab combinado (oral + nasal). Essas amostras podem ser coletadas até o 5 o dia do início dos sintomas (pre- ferencialmente, até o 3 o dia) e transportadas em gelo reciclável até o la- boratório para o devido processamento (não podendo ser congeladas). A imunofluorescência indireta é realizada nos laboratórios estaduais, onde a vigilância da Influenza está implantada, utilizando-se um painel de soros que detecta, além da Influenza, outros vírus respiratórios de interesse (vírus respiratório sincicial, paraInfluenza e adenovírus). A cultura e a PCR são realizadas nos três laboratórios de referência (Ins- tituto Evandro Chagas/SVS/MS, Fiocruz/MS e Instituto Adolfo Lutz/ SES/SP), que também fazem a caracterização antigênica e genômica dos vírus da Influenza isolados. Diagnóstico diferencial - As características clínicas da Influenza são semelhantes àquelas causadas por outros vírus respiratórios, tais como rinovírus, vírus paraInfluenza, vírus sincicial respiratório, coro- navírus e adenovírus. O diagnóstico, muitas vezes, só é possível pela análise laboratorial. Chama-se a atenção para o diagnóstico diferencial de casos de Influenza grave (pneumonia primária) com possíveis casos de síndrome respiratória aguda grave (Sars) e que, dependendo da his- tória de exposição, esses casos com maior gravidade podem represen- tar a infecção por um novo subtipo viral (ver definições mais adiante). Tratamento - Durante os quadros agudos, recomenda-se repouso e hidratação adequada. Medicações antitérmicas podem ser utiliza- das (evitar o uso de ácido acetil salicílico nas crianças). No caso de complicações pulmonares graves, podem ser necessárias medidas de suporte intensivo. Atualmente, há duas classes de drogas utilizadas no tratamento específico da Influenza, sendo que apenas os inibidores da neuraminidase têm mostrado certa eficácia na redução das complica- ções graves da doença. t " "NBOUBEJOB F B 3JNBOUBEJOB TÍP ESPHBT TJNJMBSFT MJDFODJBEBT IÈ alguns anos. Apresentam entre 70 a 90% de eficácia na prevenção da doença pelo vírus da Influenza A, em adultos jovens e crianças,
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