DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 264 buindo para a existência de diversos subtipos e sendo responsável pela ocorrência da maioria das epidemias de gripe. Os vírus Influenza B sofrem menos variações antigênicas e, por isso, estão associados com epidemias mais localizadas. Os vírus Influenza C são antigenicamente estáveis, provocam doença subclínica e não ocasionam epidemias, mo- tivo pelo qual merecem menos destaque em saúde pública. Sinonímia - Gripe. Reservatório - Os vírus do tipo B ocorrem exclusivamente em hu- manos; os do tipo C, em humanos e suínos; os do tipo A, em humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. Modo de transmissão - Omodo mais comum é a transmissão dire- ta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo in- fectado ao falar, tossir e espirrar. O modo indireto também ocorre por meio do contato com as secreções do doente. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a introdução de partículas virais diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. Apesar da transmissão inter-humana ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem. Período de incubação - Em geral, de 1 a 4 dias. Período de transmissibilidade - Um indivíduo infectado pode transmitir o vírus no período compreendido entre 2 dias antes do iní- cio dos sintomas até 5 dias após os mesmos. Complicações - São mais comuns em idosos e indivíduos com algu- mas condições clínicas, como doença crônica pulmonar (asma e doen- ça pulmonar obstrutiva crônica - DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias. As complicações pulmonares mais comuns são as pneumonias bacterianas secundárias, principalmente pelos agentes Streptococcus pneumoniae , Staphylococcus e Haemophillus Influenzae . Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é, geralmente, mais arras- tado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de Influenza, no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, estão mais propensas à internação hospitalar. Dentre as complicações não-pulmonares em crianças, destaca-se a síndrome de Reye, também associada aos qua- dros de Varicela. Essa síndrome caracteriza-se por encefalopatia e de- generação gordurosa do fígado, após o uso do ácido acetilsalicílico, na vigência de um desses quadros virais. Recomenda-se, portanto, não utilizar medicamentos que contenham essa substância em sua compo- sição para o tratamento sintomático de síndrome gripal ou Varicela em D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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