DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 214 glicose no sangue, tratamentos profiláticos da estrongiloidíase e da osteoporose. O acompanhamento dos casos com reação deverá ser realizado por profissionais com maior experiência ou por unidades de maior com- plexidade. Para o encaminhamento, deverá ser utilizada a ficha de refe- rência/contrarreferência padronizada pelo município, contendo todas as informações necessárias, incluindo a data do início do tratamento, esquema terapêutico, número de doses administradas e o tempo de tra- tamento. O tratamento dos estados reacionais é geralmente ambulato- rial e deve ser prescrito e supervisionado por um médico. t Reação Tipo 1 ou reação reversa (RR) - Iniciar Prednisona na dose de 1 a 2mg/kg/dia, conforme avaliação clínica; manter a poliqui- mioterapia, se o doente ainda estiver em tratamento específico; imobilizar o membro afetado com tala gessada, em caso de neurite associada; monitorar a função neural sensitiva emotora; reduzir a dose de corticóide, conforme resposta terapêutica; programar e realizar ações de prevenção de incapacidades. Na utilização da Prednisona, devem ser tomadas algumas precauções: registro do peso, da pressão arterial e da taxa de glicose no sangue para controle; fazer o tratamento antiparasitário com medicamento especí- fico para Strongiloydes stercoralis , prevenindo a disseminação sistêmica desse parasita (Tiabendazol 50mg/kg/dia, em 3 tomadas, por 2 dias, ou 1,5g/dose única; ou Albendazol, na dose de 400mg/dia, durante 3 dias consecutivos). A profilaxia da osteoporose deve ser feita com cálcio 1.000mg/dia, vitamina D 400-800UI/dia ou bifosfonatos (por exemplo, alendronato 10 mg/dia, administrado com água, pela manhã, em jejum). Recomenda-se que o desjejum ou outra alimentação mati- nal ocorra, no mínimo, 30 minutos após a ingestão do comprimido da alendronato). t Reação Tipo 2 ou eritema nodoso hansênico (ENH) - ATalidomida é a droga de escolha na dose de 100 a 400mg/dia, conforme a intensidade do quadro (para mulheres em idade fértil, observar a Lei nº 10.651, de 16 de abril de 2003, que dispõe sobre o uso da talidomida). Na impossibilidade do seu uso, prescrever prednisona, na dose 1 a 2mg/kg/dia:manter a poliquimioterapia, se o doente ainda estiver em tratamento específico;introduzir corticosteróide em caso de comprometimento neural, segundo o esquema já referido; imobilizar omembro afetado emcaso de neurite associada; monitorar a função neural sensitiva e motora; reduzir a dose da talidomida e/ou do corticóide, conforme resposta terapêutica; programar e realizar ações de prevenção de incapacidades. A corticoterapia está D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS
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