DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 199 Complicações - Hidrocele, linfoscroto, elefantíase e hematoquilúria. Diagnóstico - Clínico-epidemiológico, quando há manifestações su- gestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica. Diagnóstico específico - O teste de rotina é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico, pelo método da gota espessa (perio- dicidade noturna, das 23h a 1h). Pode-se, ainda, pesquisar microfilária no líquido ascítico, pleural, sinovial, cefalorraquidiano, urina, expec- toração e gânglios, sendo, entretanto, restrito a casos específicos. Pela presença do verme adulto no sistema linfático, genitália ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada como rotina). t 4PSPMPHJBT - Podem ser realizados os testes de Elisa ou testes imuno- cromatográficos para pesquisa de antígenos circulantes. t %JBHOØTUJDP QPS JNBHFN - Nos homens, é indicada a ultra-sonografia da bolsa escrotal; emmulheres, a ultra-sonografia damama ou região inguinal e axilar deve ser avaliada. Diagnóstico diferencial - Outras causas de elefantíase, como as malformações congênitas, episódios repetidos de erisipela, destruição ou remoção de linfáticos, micoses, donovanose, hanseníase, tubercu- lose, entre outras. Tratamento - A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC), com vários esquemas preconizados: 6mg/kg/dia, VO, com periodicidade semestral ou anual; 6mg/kg/dia, VO, por 12 dias; 6mg/kg/dia, VO, por 2 a 4 semanas. Outra droga, também, utilizada é a Ivermectina (IVM), na dose de 200μg /kg, 1 vez por ano, VO. Além disso, tem-se utilizado a associa- ção da IVM + DEC nas doses: IVM, 200μg /kg + DEC, 6mg/kg, VO, 1 vez por ano, ou IVM, 200μg/kg + DEC 6mg/kg. Doses únicas de IVM são aparentemente iguais em eficácia, segurança e tolerância, quando comparadas com doses únicas de DEC. O regime em combinação apa- renta ser melhor do que a utilização de ambas as drogas isoladamente, para obtenção, a longo prazo, da redução, da densidade e da prevalên- cia da microfilaremia. O período exato desses vários tratamentos não tem sido estabelecido, porém estima-se que se deve administrar dose única por 5 a 10 anos. A DEC não pode ser administrada em áreas onde coexiste oncocercose ou loíase. Felizmente, não há coexistência geográfica dessas filarioses no Brasil. Para facilitar a relação peso/dose IVM, observar: Ivermectina, dose única, VO, obedecendo a escala de peso corporal (15 a 24kg: 1/2 comprimido; 25 a 35kg: 1 comprimido; 36 a 50kg: 1 1/2 comprimido; 51 a 65kg: 2 comprimidos; 65 a 79kg: 2 1/2 comprimidos; ≥ 80kg: 200μg/kg). F ILARÍASE POR W UCHERERIA BANCROFTI

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