DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 195 F EBRE T IFÓIDE - Crianças : 100mg/Kg/dia, via oral, dividida em 3 tomadas (8/8 horas). A duração do tratamento é de 14 dias. Com o uso deste antimicro- biano, poderá haver maior frequência de intolerância gastrointestinal. t Quinolonas - Há, pelo menos, duas quinolonas com eficácia com- provada contra a S. typhi : a ciprofloxacina e a ofloxacina. São drogas pouco tóxicas, mas têm como principal desvantagem a contraindica- ção para uso em crianças e gestantes e, como fator limitante, o preço elevado. No Brasil, estas drogas estão particularmente indicadas para casos comprovados de resistência bacteriana aos antimicrobianos tradicionalmente utilizados. Provavelmente, são as melhores opções para os portadores de HIV ou Aids. t Ciprofloxacina - Dose: 500mg/dose, via oral, em 2 tomadas (12/12 horas), durante 10 dias. Caso não seja possível a via oral, utilizar a endovenosa, na dose de 200mg, de 12/12 horas. t Ofloxacina - Dose: 400mg/dose, via oral, em2 tomadas (12/12 horas), ou 200 a 400mg/dose, via oral, em 3 tomadas (8/8 horas). A duração do tratamento é de 10 a 14 dias. t Ceftriaxona - Trata-se de uma droga que tem boa atividade contra S. typhi , constituindo-se assim em outra alternativa ao tratamento. Os pacientes devem receber adequado tratamento de suporte. Aten- tar para o aparecimento de complicações graves, como hemorragia e perfuração intestinal, pois, para a última, a indicação cirúrgica é imediata. Tratamento específico para o estado de portador - Ampicilina ou Amoxicilina, nas mesmas doses acima descritas. Sete dias após o tér- mino do tratamento, iniciar a coleta de 3 coproculturas, com intervalo de 30 dias entre cada uma. Caso uma delas seja positiva, o indivíduo deve ser novamente tratado, de preferência, com uma Quinolona (Ci- profloxacina 500mg, via oral, de 12/12 horas, durante 4 semanas) e es- clarecido quanto ao risco que ele representa para os seus comunicantes íntimos e para a comunidade em geral. O tempo ideal de tratamento para portadores crônicos ainda não está bem definido. Características epidemiológicas - A Febre Tifóide não apresenta sazonalidade ou outras alterações cíclicas, assim como distribuição ge- ográfica, que tenham importância prática. A sua ocorrência está direta- mente relacionada às condições de saneamento básico existentes e aos hábitos de higiene individuais. Em áreas endêmicas, acomete commaior frequência indivíduos de 15 a 45 anos e a taxa de ataque diminui com a

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2