DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 167 Período de transmissibilidade - Dura enquanto as fêmeas grávi- das expulsam ovos na pele perianal, que permanecem infectantes por 1 ou 2 semanas fora do hospedeiro. Complicações - Salpingites, vulvovaginites, granulomas pelvianos. Infecções secundárias às escoriações. Diagnóstico - Em geral, clínico, devido ao prurido característico. O diagnóstico laboratorial reside no encontro do parasito e de seus ovos. Como dificilmente é conseguido nos parasitológicos de fezes de rotina, sendo achado casual quando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar diretamente na região perianal, o que deve ser feito pelos métodos de Hall ( swab anal) ou de Graham (fita gomada), cuja colhei- ta é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio. Também podem ser pesquisados em material retirado de unhas de crianças in- fectadas, que oferecem alto índice de positividade. Diagnóstico diferencial - Moléstias do aparelho digestivo, vulvo- vaginites. Tratamento - Pamoato de Pirvínio, 10mg/kg/VO, dose única; Pa- moato de Pirantel, 10mg/kg/VO, dose única. Mebendazol, 100mg, VO, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Essa dose independe do peso corporal e da idade. Albendazol, 10mg/kg, VO, dose única, até o máximo de 400mg. Todas essas drogas são contra-indicadas em gestantes. Características epidemiológicas - Distribuição universal, afe- tando pessoas de todas as classes sociais. É uma das helmintíases mais frequentes na infância, inclusive em países desenvolvidos, sendo mais incidente na idade escolar. É importante ressaltar que, em geral, afeta mais de ummembro na família, o que tem implicações no seu controle, que deve ser dirigido a pessoas que vivem no mesmo domicílio. Não provoca quadros graves nem óbitos, porém interfere no estado de hu- mor dos infectados, em vista da irritabilidade ocasionada pelo prurido, levando a baixo rendimento escolar. V IGILÂNCIA E PIDEMIOLÓGICA Objetivos - Diagnosticar e tratar para evitar o baixo rendimento esco- lar e a irritabilidade dos indivíduos infectados. Desenvolver atividades de educação em saúde, particularmente de hábitos pessoais de higiene. Para fins de vigilância e de controle, o tratamento deve ser feito em todo o grupo familiar ou que coabita o mesmo domicílio, visando evi- tar as re-infestações. E NTEROBÍASE
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