PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE INFLUENZA - 2013
8 Secretaria de Vigilância em Saúde / MS Protocolo de Tratamento de Influenza • 2013 2.2 Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal (conforme definição acima) e que apresente dispneia ou os seguintes sinais de gravidade: • Saturação de SpO 2 < 95% em ar ambiente; • Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com idade; • Piora nas condições clinicas de doença de base; • Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente. Em crianças: além dos itens acima, observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas lis- tadas abaixo: - Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; - Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação. 3 Manejo clínico 3.1 Síndrome Gripal em pacientes com condições e fatores de risco para complicações Além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação, está indicado o uso de fosfato de oselta- mivir (Tamiflu®) de forma empírica ( NÃO SE DEVE AGUARDAR CONFIRMAÇÃO LABORA- TORIAL ) para todos os casos de SG que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal. Esta indicação fundamenta-se no benefício que a terapêutica precoce proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza, em pacientes com condições e fatores de risco para complicações. Observação : Em pacientes com condições e fatores de risco para complicações e com SRAG, o antiviral ainda apresenta benefícios mesmo se iniciado após 48 horas do início dos sintomas (há estudos que indicam haver algum efeito benéfico na introdução terapêutica até 10 dias após início dos sintomas). Os benefícios do antiviral já foram amplamente comprovados por estudos clínicos, observado no manejo clínico de pacientes durante a pandemia de 2009 e reforçado no protocolo da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e em consultas referendadas pela Sociedade Brasileira de Infec- tologia (SBI), pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), pela Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC) e pela Federação Brasileira de Ginecolo- gia e Obstetrícia (Febrasgo).
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