PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE INFLUENZA - 2013
9 Secretaria de Vigilância em Saúde / MS Protocolo de Tratamento de Influenza • 2013 3.2 Síndrome Gripal sem condições e fatores de risco para complicações Além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação, a prescrição do fosfato de oseltamivir (Ta- miflu®) também pode ser considerada, excepcionalmente , baseada em julgamento clínico, se o tratamento puder ser iniciado nas primeiras 48 horas do início da doença. Todos os pacientes com síndrome gripal devem ser orientados para retornar ao serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico, quando deverão ser reavaliados quanto aos critérios de SRAG ou outros sinais de agravamento. Todos os pacientes que apresentarem sinais de agravamento devem também receber de ime- diato o tratamento com o antiviral. 3.3 Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) • Realizar avaliação clínica minuciosa e, de acordo com a indicação, iniciar terapêutica imediata de suporte, incluindo hidratação venosa e oxigenioterapia, e manter monitoramento clínico; • Indicar internação hospitalar; • Iniciar o tratamento com o fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) após a suspeita clínica, inde- pendentemente da coleta de material para exame laboratorial; • Na possibilidade de coleta de amostras para exame laboratorial, o procedimento deve ser realizado preferencialmente antes do início do tratamento e em pacientes com até 7 dias de início dos sintomas. • Para orientações sobre coleta de amostras acesse o Guia de Vigilância Epidemiológica no link < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_vigilancia_epidemio_2010_web.pdf > 3.4 Indicações para internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) • Instabilidade hemodinâmica persistente após reposição volêmica; • Sinais e sintomas de insuficiência respiratória, incluindo hipoxemia com necessidade de suplementação de oxigênio para manter saturação arterial de oxigênio acima de 90%; • Evolução para outras disfunções orgânicas, como insuficiência renal aguda, insuficiência hepática, disfunção neurológica. 3.5 Gestantes e puérperas Gestantes estão entre o grupo de pacientes com condições e fatores de risco para complicações por Influenza tendo em vista a maior mortalidade registrada neste segmento populacional, especial- mente durante a pandemia de 2009. Para este grupo, recomenda-se: • As gestantes devem ser tratadas preferencialmente com o fosfato de oseltamivir (Tamiflu®). • Não se deve protelar a realização de exame radiológico em qualquer período gestacional, quando houver necessidade de averiguar hipótese diagnóstica de pneumonia. • O tratamento com oseltamivir não é contraindicado na gestação (categoria C); não há relatos de malformações e há melhor risco/benefício (Tanaka,T.- Safety of neuraminidade inhibitors against novel influenza A(H1N1) in pregnant and breastfeeding women . CMAJ, 2009 Jul. 7; 181:55-8. Epub 2009).
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