PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
Síndrome de Guillain-Barré Síndrome de Guillain-Barré Plasmaférese Quatro ensaios clínicos randomizados e comparados com tratamento de suporte demonstraram benefícios inequívocos da plasmaférese em pacientes com SGB (moderada-grave de 3-6), particularmente se realizada dentro de 7 dias após o início dos sintomas. A recuperação da capacidade de deambular com ou sem ajuda após 4 semanas foi o principal desfecho avaliado 38-41 , sendo que 2 estudos evidenciaram benefícios sustentados após 12 meses 38,42 . Adicionalmente, a combinação de achados de todos estes estudos (totalizando 604 pacientes) demonstrou que a plasmaférese também diminuiu tempo de VM, risco de infecções graves, instabilidade cardiovascular e arritmias cardíacas em relação a tratamento de suporte 6 . O papel da plasmaférese em crianças com menos de 12 anos de idade e após 30 dias do início dos sintomas permanece incerto 6,21 . Em adultos o uso da plasmaférese dependerá da disponibilidade do método e da experiência do centro de atendimento terciário envolvido. O esquema de utilização prevê, para casos leves, 2 sessões; para casos moderado-graves (escala de 3-6) 6,40,41 , o volume de plasma removido por sessão deve ser de 200-250 ml/kg a cada 48 horas 25,36 . Outras modalidades terapêuticas Foram testados através de ensaios clínicos randomizados poliglicosídio versus dexametasona 43 , filtragem do líquor versus plasmaférese 44 e outros tratamentos adjuvantes à IGIV, tais como fator neurotrófico cerebral 45 ou betainterferon 46 , comparados com placebo. Nenhum dos ensaios foi suficientemente grande para detectar mínimos efeitos benéficos. 8.1 F ÁRMACO Imunoglobulina humana: frascos-ampola de 0,5; 1,0; 2,5, 3,0; 5,0 e 6,0 g 8.2 E SQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO Imunoglobulina humana: 0,4 g/kg/dia, por via intravenosa 8.3 T EMPO DE TRATAMENTO – CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO A imunoglobulina humana deve ser administrada por 5 dias e interrompida caso haja qualquer evidência de perda da função renal e anafilaxia. 8.4 B ENEFÍCIOS ESPERADOS • Diminuição do tempo de recuperação da capacidade de deambular com ajuda e sem ajuda • Diminuição do número de pacientes com complicações associadas que necessitam de VM • Diminuição do tempo de VM • Aumento na porcentagem de pacientes com recuperação total da força muscular em 1 ano e diminuição da mortalidade em 1 ano 9 M ONITORIZAÇÃO Devem ser realizados avaliação prévia da função renal, especialmente em pacientes diabéticos, hidratação prévia, controle de sinais clínicos para anafilaxia e efeitos adversos, tais como dor moderada no peito, no quadril ou nas costas, náuseas e vômitos, calafrios, febre, mal-estar, fadiga, sensação de fraqueza ou leve tontura, cefaleia, urticária, eritema, tensão do tórax e dispneia. 10 A COMPANHAMENTO PÓS-TRATAMENTO Os pacientes devem ser reavaliados 1 semana e 1 ano após a administração do tratamento, através da Escala de Gravidade Clínica na SGB. 11 R EGULAÇÃO/CONTROLE/AVALIAÇÃO PELO GESTOR Alerta-se ao gestor para organizar-se no sentido de evitar o fornecimento concomitante da imunoglobulina humana pela Autorização de Internação Hospitalar (AIH/SIH) e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC/SIA). 551
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