PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Puberdade Precoce Central Puberdade Precoce Central aumento da velocidade de crescimento, LH em níveis puberais, ultrassonografia com aumento do tamanho ovariano e uterino; • meninas 3-6 anos – sinais clínicos de puberdade, idade óssea avançada, aumento da velocidade de crescimento, LH basal ou no teste de estímulo em nível puberal, ultrassonografia com aumento do tamanho ovariano e uterino; • meninas 6-8 anos – sinais clínicos de puberdade rapidamente progressiva, idade óssea avançada, aumento da velocidade de crescimento, comprometimento da estatura final (abaixo do alvo familiar), LH no teste de estímulo em nível puberal, ultrassonografia com aumento do tamanho ovariano e uterino; • meninos < 9 anos – sinais clínicos de puberdade, aumento da velocidade de crescimento, idade óssea avançada, comprometimento da estatura final, LH basal ou no teste de estímulo em nível puberal. 6 C ritérios de exclusão Serão excluídos deste protocolo de tratamento os pacientes que apresentarem pelo menos uma das seguintes situações: • pubarca isolada precoce; • telarca isolada precoce; • produção de esteroides não estimulados por gonadotrofinas – tumores ou cistos ovarianos, tumores testiculares, hiperplasia adrenal congênita, tumores adrenais, síndrome de McCune- Albright; • puberdade precoce lentamente progressiva, sem comprometimento da estatura final em meninas de 6-8 anos; • idade óssea acima de 12 anos em meninas e de 13 anos em meninos; • contraindicação ou intolerância aos medicamentos especificados. 7 C entros de Referência Os pacientes devem ter avaliação diagnóstica e acompanhamento terapêutico por endocrinologistas ou pediatras, cuja avaliação periódica deve ser condição para a dispensação do medicamento. Pacientes com puberdade precoce central devem ser avaliados periodicamente em relação à eficácia do tratamento e ao desenvolvimento de toxicidade aguda ou crônica. A existência de Centro de Referência facilita o tratamento, o ajuste das doses e o controle de efeitos adversos. 8 T ratamento Quando houver causa anatômica identificada (exemplo, tumores do SNC), o problema deve ser manejado por especialista da área. Adicionalmente, quando não há causa anatômica identificada, utilizam-se agonistas de longa ação do GnRH. Estes medicamentos suprimem a secreção de gonadotrofinas hipofisárias e assim evitam a produção de esteroides sexuais 30 . Estudos não comparativos longitudinais demonstraram que o tratamento promove a regressão das características sexuais secundárias 31 . A nafarrelina, quanto à eficácia, não difere dos demais análogos, podendo ser considerada um medicamento me-too . Seu esquema posológico é muito inferior em relação aos demais análogos disponíveis, necessitando de duas aplicações diárias comparadas com uma mensal ou trimensal dos demais. Não há evidência de benefício ou ausência de efeitos adversos ao uso do agonista de GnRH em crianças pequenas para a idade gestacional (PIG), com autismo, em tratamento quimioterápico, com baixa estatura idiopática, com deficiência de GH ou com hipotireoidismo severo 11 . Portanto, não está indicado nestas situações. 8.1 F ármacos – esquemas de administração • Gosserrelina (implante subcutâneo): 3,6 mg a cada mês ou 10,8 mg a cada 3 meses • Leuprorrelina: 3,75 mg (IM) a cada mês ou 11,25 mg a cada 3 meses • Triptorrelina: 3,75 mg (IM) a cada mês ou 11,25 mg a cada 3 meses 509

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