PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Nas condições em que não se prevê recuperação medular, como nas neutropenias congênitas e nas mielodisplasias, preconiza-se o uso da menor dose possível para manter a contagem de neutrófilos > 500/mm 3 . • Em crianças, não há evidências de alterações no crescimento e desenvolvimento, na maturação sexual e nas funções endócrinas com o uso de G-CSF. Os efeitos adversos parecem ser semelhantes aos dos adultos 14 . 8.4 B enefícios esperados Benefícios gerais (evidência consistente) 5,6,8-13,18,24,66,67,74-101 : • aumento do número de neutrófilos; • redução no tempo de neutropenia; • redução na incidência de neutropenia grave; • redução no tempo de neutropenia febril. Benefícios específicos Anemia aplástica grave 102 : • recuperação mais rápida de neutrófilos quando administrado juntamente com a terapia imunossupressora 54-56,59,62,103,104 ; • redução na taxa de recidiva ou falha com a terapia imunossupressora 24,59,62 ; • de modo menos consistente, redução na taxa de infecções graves 59 . Neutropenia crônica grave 15,27-29 : • aumento na produção e maturação de neutrófilos 63,105 ; • aumento no número de neutrófilos circulantes em cerca de 90% dos casos 15,63,69 ; • redução na incidência e duração dos eventos infecciosos 63,105 ; • redução na incidência de infecções graves 27,105,106 ; • redução no tempo de uso de antibióticos 15,63,106 ; • aumento na sobrevida global 107 . Mielodisplasia de baixo risco ou risco intermediário-1 ( IPSS ) 102 : • aumento no nível de neutrófilos circulantes 32-37,65,108 ; • menor incidência de infecções 65,108 ; • efeito sinérgico do uso combinado com eritropoetina na resposta eritroide 33,41,42,44,45 e, em alguns casos, na sobrevida global 33 . 9 M onitorização Hemograma completo com diferencial e contagem de plaquetas devem ser realizados 2-3 vezes por semana ou ajustados para cada contexto clínico particular 109 . Este controle pode ser mais espaçado no caso de doenças crônicas. Em vista do potencial de toxicidade hepática e renal e de hiperuricemia (ver item Efeitos Adversos), sobretudo com o uso prolongado, sugere-se avaliação bioquímica a cada 4 semanas, que deve incluir ALT e AST, creatinina e ácido úrico. Deve-se atentar para possíveis sinais clínicos, como esplenomegalia, urticária, hipotireoidismo, alterações oculares, a cada avaliação clínica. Nas neutropenias congênitas e mielodisplasias, aspirado de medula óssea deve ser realizado antes e após o início do uso crônico do medicamento, a intervalos de 6 meses a 1 ano, com base na avaliação de risco inicial, para estudo morfológico, citogenético, relação mieloide/eritroide e, se disponível, avaliação de unidades formadoras de colônias de granulócitos-macrófagos 27 . Se houver sinais incipientes de mielodisplasia, como presença de alteração citogenética clonal isolada sem outras evidências de doença, ou mutação isolada do receptor para os fatores de crescimento hematopoiético, pode-se adotar conduta conservadora. Recomenda-se, como opção neste caso, reduzir a dose do fator ao máximo e monitorar os sinais de progressão, se houver, para doença maligna manifesta 107,110 . 42

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