PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas hipogonadismo ou do efeito massa nas hiperprolactinemias tumorais 7 . Na primeira, tem-se galactorreia, sinal clínico característico da hiperprolactinemia, exceto em casos de hipoestrogenismo associado. A hiperprolactinemia interrompe a secreção pulsátil do hormônio liberador de gonadotrofina, inibe a liberação dos hormônios luteinizante e foliculoestimulante e reduz diretamente a esteroidogênese gonadal. De maneira geral, estas alterações provocam amenorreia nas mulheres e, nos homens, impotência e disfunção erétil, infertilidade e diminuição da libido; a longo prazo, podem ocasionar diminuição da densidade mineral óssea em ambos os sexos. Nos prolactinomas, principalmente em tumores grandes, a compressão de outras células hipofisárias ou do tronco hipotálamo-hipofisário pode causar hipopituitarismo. Manifestações neurológicas e oftalmológicas são também comuns, representadas principalmente por cefaleia e alterações nos campos visuais. Tabela 1 - Principais Medicamentos Capazes de Causar Hiperprolactinemia Neurolépticos Fenotiazinas Butirofenonas Tioxantenos Neurolépticos atípicos Risperidona Molindona Antidepressivos Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos Inibidores da monoaminoxidase Inibidores seletivos da recaptação da serotonina Opioides e cocaína Anti-hipertensivos Verapamil Metildopa Reserpina Medicamentos gastrointestinais Metoclopramina Domperidona Antagonistas dos receptores H2 de histamina Estrógenos Adaptado de Molitch, 2005 2 3 C lassificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10) • E22.1 Hiperprolactinemia 4 D iagnóstico 4.1 D iagnóstico clínico Hiperprolactinemia deve ser investigada em mulheres frente à ocorrência de distúrbios menstruais, particularmente oligomenorreia e amenorreia, galactorreia ou infertilidade e em homens em razão de sintomas de hipogonadismo, diminuição da libido, disfunção erétil e infertilidade. Esta hipótese diagnóstica deve também ser considerada para qualquer paciente com sinais e sintomas decorrentes de efeito massa na região selar, como anormalidades de campos visuais e hipopituitarismo associado. 4.2 D iagnóstico diferencial Durante a avaliação de um paciente com sintomas ou sinais clínicos e/ou com exames laboratoriais 376

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