PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas implantes endometrióticos e gravidade das aderências. Consiste de 4 estágios: • estágio 1 (doença mínima) – implantes isolados e sem aderências significativas; • estágio 2 (doença leve) – implantes superficiais com menos de 5 cm, sem aderências significativas; • estágio 3 (doença moderada) – múltiplos implantes, aderências peritubárias e periovarianas evidentes; • estágio 4 (doença grave) – múltiplos implantes superficiais e profundos, incluindo endometriomas e aderências densas e firmes. O estágio 4 é o de doença mais extensa. Não há, entretanto, correlação entre o estágio da doença com prognóstico e nível de dor 3,4 . A dor é influenciada pela profundidade do implante endometriótico e por sua localização em áreas com maior inervação 12,13 . 3 C lassificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10) • N80.0 Endometriose do útero • N80.1 Endometriose do ovário • N80.2 Endometriose da trompa de Falópio • N80.3 Endometriose do peritônio pélvico • N80.4 Endometriose do septo retovaginal e da vagina • N80.5 Endometriose do intestino • N80.8 Outra endometriose 4 D iagnóstico Segundo consenso da European Society of HumanReproduction and Embryology (ESHRE) e da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), o padrão-ouro para diagnóstico de endometriose é laparoscopia com inspeção direta da cavidade e visualização dos implantes, não necessitando de biópsia para confirmação histopatológica 1,11 . Embora alguns autores recomendem que todas as áreas de lesões suspeitas devam ser biopsiadas para correlação histológica, outros mostram que as correlações dos achados laparoscópicos com os histológicos são extremamente altas (97% - 99%) 14 não necessitando de comprovação histológica, o que oneraria de maneira desnecessária a investigação das pacientes. A discrepância entre os estudos resulta dos diferentes delineamentos e do número de casos avaliados. Pacientes com peritônio visualmente normal podem ter o diagnóstico descartado 15 . 5 C ritérios de inclusão Serão incluídas neste protocolo de tratamento com danazol ou com análogos do GnRH as pacientes que apresentarem todos os critérios abaixo: • dor pélvica como manifestação clínica a ser tratada; • tratamento prévio por 6 meses com contraceptivos orais ou progestágenos sem resposta ou recidiva de sintomatologia de dor relacionada à endometriose; • comprovação diagnóstica de endometriose por laparoscopia/laparotomia com laudo descritivo seguindo a classificação revisada da ASRM ou com resultado de exame anatomopatológico de biópsia peritoneal. 6 C ritérios de exclusão Serão excluídas deste protocolo de tratamento as pacientes que apresentarem pelo menos um dos critérios abaixo: • gravidez (possibilidade de efeitos androgênicos no feto de sexo feminino); • amamentação; • sangramento genital de origem desconhecida (exclusivamente para tratamento com danazol); • disfunção hepática grave (exclusivamente para tratamento com danazol); • hipersensibilidade ao fármaco. 7 C asos Especiais • Uso de danazol por pacientes com porfiria (por causar exacerbações da doença) ou com história de evento tromboembólico 254

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