PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
Doença de Parkinson Doença de Parkinson − tratamento prévio com neurolépticos − remissão espontânea dos sintomas − quadro clínico estritamente unilateral após 3 anos − paralisia supranuclear do olhar − sinais cerebelares − sinais autonômicos precoces − demência precoce − liberação piramidal com sinal de Babinski − presença de tumor cerebral ou hidrocefalia comunicante − resposta negativa a altas doses de levodopa − exposição a metilfeniltetraperidínio • Critérios de suporte positivo para o diagnóstico de DP (3 ou mais são necessários para o diagnóstico) − início unilateral − presença de tremor de repouso − doença progressiva − persistência da assimetria dos sintomas − boa resposta a levodopa − presença de discinesias induzidas por levodopa − resposta a levodopa por 5 anos ou mais − evolução clínica de 10 anos ou mais 5 C ritérios de inclusão Serão incluídos neste protocolo de tratamento os pacientes que apresentarem os critérios para o diagnóstico clínico de DP segundo o Banco de Cérebros da Sociedade de Parkinson do Reino Unido 12 . 6 C ritérios de exclusão Serão excluídos deste protocolo de tratamento os pacientes que apresentarem critérios negativos para o diagnóstico clínico da DP segundo o Banco de Cérebros da Sociedade de Parkinson do Reino Unido 12 e aqueles com contraindicação ou intolerância a medicamento especificado neste protocolo. 7 T ratamento A natureza progressiva da DP e suas manifestações clínicas (motoras e não motoras), associadas a efeitos colaterais precoces e tardios da intervenção terapêutica, tornam o tratamento da doença bastante complexo. Estima-se que a taxa de morte dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra situa-se ao redor de 10% ao ano 13 . Consequentemente, com o tempo, a sintomatologia parkinsoniana piora e a necessidade de medicamentos sintomáticos aumenta. O grau de resposta aos medicamentos vai decrescendo com a progressão da doença e novos sintomas vão surgindo. Um objetivo desejado seria reduzir ou interromper esta progressão. Prevenção primária não é possível devido à ausência de marcadores biológicos ou fatores de risco identificáveis, à parte o envelhecimento ou transmissão genética em raras famílias. Prevenção secundária, uma vez que a DP tenha sido diagnosticada, busca reduzir a progressão, parar ou mesmo reverter a morte neuronal. Em resumo, o tratamento da DP deve visar à redução da progressão da doença (neuroproteção) e o controle dos sintomas (tratamento sintomático). Os critérios de inclusão para estas circunstâncias e a orientação sobre que medicamento antiparkinsoniano deve ser utilizado serão discutidos a seguir. 7.1 P revenção da progressão da doença Com base em várias vias bioquímicas que poderiam ter participação na morte neuronal, 213
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