PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Dermatomiosite e Polimiosite Dermatomiosite e Polimiosite Pacientes com diagnóstico de DM/PM apresentam risco aumentado de neoplasia em comparação com a população geral 11 . A indicação de triagem para neoplasia deverá ser orientada através da identificação de fatores de risco à anamnese e ao exame físico completo e de acordo com a faixa etária de cada paciente. 5 C ritérios de inclusão Serão incluídos neste protocolo de tratamento os pacientes com diagnóstico provável ou definitivo de DM ou PM. 6 C ritérios de exclusão Serão excluídos deste protocolo de tratamento os pacientes que fizerem uso de um dos medicamentos abaixo: • hidroxicloroquina − uso concomitante de primaquina, maculopatia prévia associada aos antimaláricos ou hipersensibilidade ao medicamento; • azatioprina e ciclofosfamida − imunossupressão (AIDS, linfoma e outros), infecção ativa, tuberculose, gravidez, amamentação, neoplasia atual ou hipersensibilidade aos medicamentos; • ciclosporina − imunossupressão (AIDS, linfoma e outros), insuficiência renal crônica, neoplasia atual, gravidez, amamentação, infecção ativa, tuberculose, hipertensão não controlada ou hipersensibilidade ao medicamento; • prednisona e metilprednisolona − úlcera péptica ativa, insuficiência hepática, tuberculose ou hipersensibilidade aos medicamentos; • imunoglobulinahumana−deficiênciaseletivade IgA, gravidez, amamentação, hiperprolinemia ou hipersensibilidade ao medicamento; • metotrexato − gravidez, amamentação, doenças hematológicas graves, doença ulcerosa péptica ativa, anormalidades hepáticas ou renais graves, abuso de drogas ou etilismo, infecção ativa, tuberculose ou hipersensibilidade ao medicamento. 7 T ratamento 7.1 T ratamento não farmacológico Além do manejo terapêutico adequado, intervenções não farmacológicas são importantes na abordagem dos pacientes com miopatias inflamatórias. Dentre elas destacam-se programas de reabilitação desde o início da doença 12-14 , medidas para evitar aspiração em pacientes com disfunção esofágica, fotoproteção em pacientes com DM e profilaxia contra osteoporose e infecções oportunistas 5 . 7.2 T ratamento farmacológico A baixa prevalência e a heterogeneidade de expressão clínica das miopatias inflamatórias bem como a falta de critérios diagnósticos bem estabelecidos dificultam a condução de ensaios clínicos e, consequentemente, o estabelecimento de uma estratégia terapêutica padronizada 15 . Além disso, a abordagem individual dos pacientes depende da gravidade da doença muscular e sistêmica e da identificação de fatores de mau prognóstico. O tratamento deve ser iniciado com glicocorticoide (GC) sistêmico 16 . Os pacientes precisam ser informados de que a corticoterapia pode ter duração superior a 12 meses. O uso de GC pode induzir remissão da doença em aproximadamente 40% – 60% dos pacientes, embora mais de 80% apresentem algum grau de melhora clínica e laboratorial com o tratamento 17 . No caso de resposta insatisfatória, pode ser necessária a repetição da biópsia muscular com vistas ao diagnóstico diferencial com outras miopatias (miosite por corpúsculo de inclusão, por exemplo). A associação de imunossupressores à corticoterapia é aconselhável, principalmente para pacientes com fatores de mau prognóstico. Azatioprina (AZA) e metotrexato (MTX) são considerados medicamentos de primeira linha como agentes poupadores de GC 5 . 163

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