PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
Deficiência de Hormônio do Crescimento - Hipopituitarismo Deficiência de Hormônio do Crescimento - Hipopituitarismo Adultos Somatropina: 0,15-0,3 mg/dia ou 0,5-1,0 UI/dia (independentemente do peso corporal), ajustada com dosagem de IGF-1 8,24,25 8.3 T EMPO DE TRATAMENTO – CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO O tratamento com somatropina deverá ser interrompido nas seguintes situações: • em crianças cuja velocidade de crescimento for < 2 cm por ano, estando tal achado associado à idade óssea de 14-15 anos em meninas e de 16 anos em meninos 26 ; • não comparecimento a 2 consultas subsequentes num intervalo de 3 meses, sem adequada justificativa; • em caso de intercorrência, como processo infeccioso grave ou traumatismo necessitando de internação, o tratamento deverá ser interrompido durante 1-2 meses ou até que o paciente se recupere; • em caso de câncer surgido ou recidivado durante o tratamento, interromper e somente reiniciar após 2 anos livre da doença, conforme orientação do oncologista. 8.4 B enefícios esperados • Aumento da altura e velocidade de crescimento em crianças e adolescentes • Aumento da densidade mineral óssea em adultos • Melhora da dislipidemia em adultos 9 M ONITORIZAÇÃO 9.1 C RIANÇAS E ADOLESCENTES Amonitorização do tratamento com somatropina em crianças deverá ser realizada em consultas clínicas a cada 3-6 meses com a aferição das medidas antropométricas. Exames laboratoriais para avaliação da glicemia de jejum e função tireoidiana e exame radiológico para avaliação da idade óssea devem ser realizados anualmente. Como forma de verificação do uso adequado do fármaco e monitorização da dose, deve ser realizada dosagem de IGF-1 anual ou após mudança de dose. Recomenda-se manter a dose de somatropina para pacientes com valores de IGF-1 dentro da normalidade e com velocidade de crescimento adequada. Em pacientes com crescimento insatisfatório e valores baixos de IGF-1, a adesão ao tratamento deve ser conferida, e o diagnóstico, reavaliado. No caso de serem observados níveis de IGF-1 acima dos limites superiores da normalidade, a dose do fármaco deve ser reduzida, com nova medida da IGF-1 após 30-60 dias e, assim, sucessivamente até a normalização. 9.2 A DULTOS No caso do tratamento após o final do crescimento e para o adulto com deficiência, a dosagem de IGF-1 poderá ser realizada 1 mês após cada mudança de dose até o estabelecimento da dose adequada. A partir de então, a dosagem poderá ser realizada anualmente. A meta para adequação da dose é manter os níveis de IGF-1 próximos da média para idade ou entre a média e o limite superior da normalidade 8,24,25 . Monitorizam-se as complicações da falta de reposição, como dislipidemia e osteoporose, além da inadequada distribuição de gordura corporal e da baixa resistência à atividade física, e as complicações do excesso de reposição, como, por exemplo, alterações glicêmicas, características acromegálicas e miocardiopatia hipertrófica. 9.3 S EGURANÇA Somatropina é considerado fármaco seguro, com raros efeitos colaterais graves. Deve- se atentar para o risco de desenvolvimento de intolerância à glicose e hipertensão intracraniana benigna 27 . Pacientes com doença neoplásica prévia deverão ser acompanhados por oncologista e por neurocirurgião. Em uma grande série de casos, não houve aumento da recorrência de neoplasia ou da incidência de novos casos em pacientes em uso de somatropina 17 . 147
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2