DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 250 Herpes Simples CID 10: B00 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - É uma virose transmitida, predominantemente, pelo con- tato sexual (inclusive oro-genital). A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados. Caracteriza- se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em poucos dias, trans- formam-se em pequenas úlceras, precedidas de sintomas de ardência, prurido e dor. Acredita-se que a maioria dos casos de transmissão ocorre a partir de pessoas que não sabem que estão infectadas ou são assintomáticas. Mais recentemente, tem sido reconhecida a importân- cia do Herpes na etiologia de úlceras genitais, respondendo por grande percentual dos casos de transmissão do HIV, o que coloca o controle do herpes como uma prioridade. O vírus do Herpes Simples é comumente associado a lesões de mem- branas mucosas e pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital). Determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às infecções na genitália e de trans- missão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer área da pele ou das mucosas. As manifestações clínicas são distintas e relacionadas ao estado imunológico do hospedeiro: t 1SJNP JOGFDÎÍP IFSQÏUJDB - É, em geral, subclínica e passa des- percebida; o indivíduo torna-se portador do vírus sem apresentar sintomas. Empequena porcentagemde indivíduos, a infecção é grave e prolongada, perdurando por algumas semanas. Após a infecção primária, o vírus pode ficar em estado de latência em gânglios de nervos cranianos ou da medula. Quando reativado por várias causas, migra através do nervo periférico, retorna à pele oumucosa e produz a erupção do Herpes Simples recidivante. t (FOHJWPFTUPNBUJUF IFSQÏUJDB QSJNÈSJB - É observada mais comu- mente em crianças, podendo variar de um quadro discreto, com algumas lesões vésico-erosivas e subfebril, até quadros graves, com erupção vesiculosa, febre alta, adenopatias e comprometimento do estado geral. Com o rompimento das vesículas, formam-se exulcera- ções, a gengiva edemacia-se e a alimentação é dificultada. A faringe pode ser atingida. t )FSQFT SFDJEJWBOUF - Após a infecção genital primária por HSV 2 ou HSV 1, respectivamente, 90 e 60% dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses, por reativação dos vírus. 39
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