DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 247 H EPATITE E Diagnóstico - Clínico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a rea- lização de exames sorológicos (Quadro 21). Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de transaminases – ALT/TGP e AST/ TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. Nas formas agu- das, chegam a atingir, habitualmente, valores até 25 a 100 vezes acima do normal. As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar diminuído (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade. Os exa- mes específicos são para detecção do marcadores sorológicos: t Anti-HEVIgM(marcador de infecção aguda) - Anticorpo específico para Hepatite E encontrado no soro de todos os indivíduos infectados recentemente. Torna-se positivo no início do quadro clínico desapa- recendo após três meses. t Anti-HEV IgG (marcador de infecção passada) - Anticorpo indica- tivo de infecção passada pelo vírus da Hepatite E. Está presente na fase de convalescência e persiste indefinidamente. Quadro 21. Interpretação dos resultados sorológicos para Hepatite E Anti-HEV total Anti-HEV IgM Interpretação ( + ) ʳʮ i«>̈ÌiÊ Ê>}Õ`>°Ê ˜viVXKœÊÀiVi˜Ìi ( + ) ÊqÊ® ˜viVXKœÊ«>ÃÃ>`>ÊÉʈ“Õ˜ˆ`>`i ( – ) ÊqÊ® -ÕÃVỉÛi Diagnóstico diferencial - Hepatite por vírus A, B, C ou D; infecções como leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citomegalo- vírus e mononucleose; doenças hemolíticas; obstruções biliares; uso abusivo de álcool e uso de alguns medicamentos e substâncias quími- cas. Para gestantes, há a colestase intra-hepática da gravidez e esteatose aguda da gravidez. Tratamento - Não existe tratamento específico para a forma aguda. Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até praticamente a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve-se reco- mendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição relaciona-se à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo, prefe- rencialmente, por 1 ano. Medicamentos não devem ser administrados

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