DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 246 Hepatite E CID 10: B17.2 38 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Doença viral aguda e autolimitada. Apresenta curso be- nigno, embora tenham sido descritos casos, principalmente em ges- tantes, com evolução para a forma fulminante. Apresenta-se de forma assintomática (usualmente em crianças) ou com sintomas semelhante à Hepatite A, sendo a icterícia observada na maioria dos pacientes. Compreende vários períodos: t *ODVCBÎÍP - Varia de 14 a 60 dias (média de 42 dias). t 1SPESÙNJDP PV QSÏ JDUÏSJDP - Dura, em média, de 3 a 4 dias, car- acterizando-se por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga intensa, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal. t *DUÏSJDP - Alémda icterícia, é comuma presença de queixas de colúria, prurido e hipocolia fecal e hepatomegalia. A febre, artralgia e cefaleia tendem a desaparecer nesta fase. t $POWBMFTDFOÎB - Retorno da sensação de bem-estar: gradativamente a icterícia regride, as fezes e urina voltam à coloração normal. Nos casos típicos, em 1 mês há remissão completa dos sintomas. Agente etiológico - Vírus da Hepatite E (HEV). Um vírus RNA, da família Caliciviridae. Reservatório - O homem. Relatos recentes de isolamento do HEV em suínos, bovinos, galinhas, cães e roedores levantam a possibili- dade de que esta infecção seja uma zoonose. Experimentalmente, também, em alguns primatas não-humanos: chimpanzés e macaco cynomolgus . Modo de transmissão - Fecal-oral, principalmente pela água e ali- mentos contaminados por dejetos humanos e de animais. Apesar de ser evento raro, pode, também, ser transmitido por via vertical e pa- renteral. Período de transmissibilidade - Duas semanas antes do início dos sintomas até o final da segunda semana de doença. Complicações - Não há relato de evolução para cronicidade ou vire- mia persistente. Em gestantes, a Hepatite é mais grave, podendo apre- sentar formas fulminantes. A taxa de mortalidade em gestantes pode chegar a 25%, especialmente no terceiro trimestre. Em qualquer tri- mestre, abortos e mortes intra-uterinas são comuns.

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