DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 237 transmissão pode estar associada ao genótipo e à carga viral elevada do HCV. Apesar da possibilidade da transmissão pelo aleitamento mater- no (partículas virais foram demonstradas no colostro e leite materno), não há evidências conclusivas de aumento do risco à transmissão, exce- to na ocorrência de fissuras ou sangramento nos mamilos. Período de incubação - Varia de 15 a 150 dias (média de 50 dias). Período de transmissibilidade - Inicia-se 1 semana antes dos sin- tomas e mantém-se enquanto o paciente apresentar RNA-HCV detec- tável. Complicações - Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana es- pontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular. Diagnóstico - Clínico-laboratorial. Apenas com os aspectos clíni- cos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos. Os exames laboratoriais inespecí- ficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/ TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. O nível de ALT pode estar 3 vezes maior que o normal. As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar alargado (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade. Na infecção crônica, o padrão ondulante dos níveis séricos das amino- transferases, especialmente a ALT/TGP, diferentemente da Hepatite B, apresenta-se entre seus valores normais e valores mais altos. A defini- ção do agente é feita pelo marcador sorológico anti-HCV, o qual indica contato prévio com o agente, entretanto não define se é infecção aguda ou pregressa e curada espontaneamente, ou se houve cronificação da doença. A presença do vírus deve ser confirmada pela pesquisa quali- tativa de HCV-RNA. Diagnóstico diferencial - Hepatite por vírus A, B, D ou E; infec- ções como leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citome- galovírus e mononucleose; doenças hemolíticas; obstruções biliares; uso abusivo de álcool e uso de alguns medicamentos e substâncias químicas. Tratamento - Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até, praticamente, a normalização das aminotransferases. Dieta po- bre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve-se recomendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição H EPATITE C
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