DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 236 Hepatite C CID 10: B17.1 36 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Doença viral com infecções assintomáticas ou sintomá- ticas (até formas fulminantes, raras). As Hepatites sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. A icterícia é encontrada en- tre 18% a 26% dos casos de Hepatite Aguda e inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia fecal. Pode, também, apresentar hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia. Na for- ma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente. A taxa de cronificação varia entre 60 e 90%, sendo maior em função de alguns fa- tores do hospedeiro (sexo masculino, imunodeficiências, idade maior que 40 anos). Emmédia, de um quarto a um terço dos pacientes evolui para formas histológicas graves, num período de 20 anos. Esse quadro crônico pode ter evolução para cirrose e hepatocarcinoma, fazendo com que o HCV seja, hoje em dia, responsável pela maioria dos trans- plantes hepáticos no Ocidente. O uso concomitante de bebida alcoóli- ca, em pacientes portadores do HCV, determina uma maior propensão para desenvolver cirrose hepática. Agente etiológico - Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae. Reservatório - O homem. Experimentalmente, o chimpanzé. Modo de transmissão - A transmissão ocorre, principalmente, por via parenteral. São consideradas populações de risco acrescido por via parenteral: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou he- moderivados antes de 1993; pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamí- nicos), inaláveis (cocaína) e pipadas ( crack ); pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea. A transmissão sexual pode ocorrer, principalmente, em pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo), sendo que a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – constitui um importante facilitador dessa transmissão. A trans- missão perinatal é possível e ocorre, quase sempre, no momento do parto ou logo após. A transmissão intra-uterina é incomum. A média de infecção em crianças nascidas de mães HCV positivas é de, apro- ximadamente, 6% – havendo co-infecção com HIV, sobe para 17%. A

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