DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 225 H EPATITE A submaciça do fígado. Os primeiros sinais e sintomas são brandos e inespecíficos. Icterícia e indisposição progressivas, urina escurecida, e coagulação anormal são sinais que devem chamar atenção para o de- senvolvimento de insuficiência hepática aguda (10 a 30 dias). A dete- riorização neurológica progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial. Diagnóstico - Pode ser clínico-laboratorial, clínico-epidemiológico e laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos, não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológi- cos. Entretanto, pode-se confirmar clinicamente os casos secundários em um surto, no qual o caso-índice teve sorologia confirmada (anti- HAVIgM). Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. O nível de ALT pode estar 3 vezes maior que o normal, podendo atingir até mais de 2.000UI/l. As bilirrubinas são elevadas, podendo alcançar valores vinte a vinte e cinco vezes acima do normal, sobretudo à custa da fração não conjugada (indireta) e o tempo de protrombina pode estar diminuído (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade. Outros exames podem estar alterados, como a glicemia e a albumina (baixas). Os exames específicos são feitos pela identificação dos marcadores sorológicos (conforme quadro a seguir). Na infecção aguda, o anti-HAV IgM é positivo (desde o início da sinto- matologia, que, normalmente, desaparece após 3 - 6 meses do quadro clínico). Na infecção passada e na vacinação, o anti-HAV/IgG é positi- vo (detectado 1 semana após o início dos sintomas, que se mantêm ao longo da vida) (Quadro 17). Quadro 17. Hepatite A: interpretação dos resultados sorológicos Anti-HAV Total Anti-HAV IgM Interpretação (+) ³® i«>ÌÌiÊ }Õ`>Ê«iÊ6 °Ê viVXKÊÀiViÌi (+) q® viVXKÊ«>ÃÃ>`>ÊÉÊÕ`>`iÊ«ÀÊVÌ>ÌÊ «ÀjÛÊVÊÊ6 ÊÕÊ«ÀÊÛ>V>® (–) q® -ÕÃViÌÛi Diagnóstico diferencial - Hepatite por vírus B, C, D ou E; infecções como: leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citomegaloví- rus e mononucleose; doenças hemolíticas; obstruções biliares; uso abu- sivo de álcool; e uso de alguns medicamentos e substâncias químicas.
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