DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 221 H ANTAVIROSES Tratamento t 4ÓOESPNF 1VMNPOBS QPS )BOUBWÓSVT - Os casos suspeitos devem ser imediatamente transferidos para hospital comunidade de terapia intensiva. O paciente deve ser transportado em condições que as- segurem a estabilidade hemodinâmica e os parâmetros ventilatórios adequados, com oxigenoterapia e acesso venoso, evitando-se a ad- ministração excessiva de líquidos por via endovenosa e observando- se as normas de biossegurança. Como, até o momento, não existe terapêutica antiviral comprovada- mente eficaz contra a SCPH, são indicadas medidas gerais de suporte clínico para manutenção das funções vitais, com ênfase na oxigenação e na observação rigorosa do paciente, desde o início do quadro respi- ratório, inclusive com uso de ventilação assistida. A hipotensão deve ser controlada, ministrando-se expansores plasmáticos e mantendo-se extremo cuidado na sobrecarga hídrica, evitando-se o uso de drogas vasopressoras. Os distúrbios hidreletrolítico e ácido-básico devem ser corrigidos, inclusive com assistência em unidade de terapia intensiva, nos casos mais graves. Recomenda-se o isolamento do paciente em condições de proteção com barreiras (avental, luvas e máscara dotadas de filtros N 95 ). C ARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS Características epidemiológicas - A SCPH por hantavírus é uma doença emergente detectada em 1993 no sudoeste norte-americano e neste mesmo ano em Juquitiba/São Paulo. No Brasil, desde aquele ano até dezembro de 2008, foram confirmados 1.119 casos, dos quais 91,8% (1.027) por critério laboratorial. As regiões Sul, Sudeste e Cen- tro-oeste registraram 440 (39,3%), 338 (30,2%) e 249 (22,3%) casos, respectivamente, enquanto que a Norte (63) e a Nordeste (13), juntas, detectaram apenas 6,8% dos casos. Apesar da ocorrência da doença em todas as regiões brasileiras, apenas 14 estados registraram casos, dos quais 69,5% localizam-se emMinas Gerais (210/18,8%), Santa Ca- tarina (198/17,7%), Paraná (174/15,5%), São Paulo (128/11,4%) e Rio Grande do Sul (68/6,1%). O Mato Grosso detectou 152 casos (13,6%), enquanto que o Distrito Federal (59), Pará (56), Goiás (38), Maranhão (10), Amazonas (4), Rondônia (3), Rio Grande do Norte (2) e Bahia (1) notificaram, em conjunto, 15,5% das Hantaviroses dos últimos 15 anos. Metade dos indivíduos acometidos (50,0%) residiam em área rural; cerca de 65,0% exerciam ocupação relacionada com atividades agrí- colas e/ou de pecuária e 77,6% eram do sexo masculino. A faixa etária

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