DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 208 Hanseníase CID 10: A30 32 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae . Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade); essas propriedades depen- dem de, além das características intrínsecas do bacilo, de sua relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio. O alto potencial incapacitante da Hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae . Sinonímia - Mal de Hansen. Antigamente, a doença era conhecida como lepra. Agente etiológico - Mycobacterium leprae , bacilo álcool-ácido re- sistente, intracelular obrigatório, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente células de Schwann. Reservatório - O homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados. Modo de transmissão - A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) é a aérea supe- rior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo. Período de incubação - Em média, 2 a 7 anos. Há referências a pe- ríodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos. Características epidemiológicas - Tem baixa letalidade e bai- xa mortalidade, podendo ocorrer em qualquer idade, raça ou gênero. Observa-se relação entre endemicidade e baixos índices de desenvolvi- mento humano. A Hanseníase apresenta tendência de estabilização dos coeficientes de detecção no Brasil, mas ainda em patamares muito altos nas regiões Norte, Centro-oeste e Nordeste. O coeficiente de detecção de casos novos é função da incidência real de casos e da agilidade diagnós- tica dos serviços de saúde. O valor médio deste indicador para o Brasil, oscilou de 29,37/100.000 habitantes, em 2003, para 20,52/100.000 ha- bitantes, em 2008. Observou-se, no período, uma maior ocorrência de casos nas regiões Norte e Centro-oeste, seguidas da região Nordeste. Período de transmissibilidade - Os pacientes multibacilares (MB) podem transmitir a infecção enquanto o tratamento específico não for iniciado.

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