DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 180 Período de transmissibilidade - O sangue dos doentes é infectan- te de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após, tempo que corresponde ao período de viremia. No mosquito Ae. aegypti, o período de incubação é de 9 a 12 dias, após o que se mantém infectado por toda a vida. Diagnóstico - É clínico, epidemiológico e laboratorial. O diagnóstico laboratorial é feito por isolamento do vírus de amostras de sangue ou de tecido hepático, por detecção de antígeno em tecido (imunofluores- cência e imunoperoxidase) ou por sorologia. Esses últimos são méto- dos complementares aos primeiros e as técnicas utilizadas são: captura de IgM (MAC-ELISA), inibição de hemaglutinação (IH), fixação do complemento (FC) e neutralização (TN). À exceção do MAC-ELISA, todos os outros testes necessitam de duas amostras pareadas de sangue, considerando-se positivos os resultados que apresentam aumento dos títulos de anticorpos de, no mínimo, 4 vezes, entre a amostra colhida no início da fase aguda comparada com a da convalescença da enfer- midade (intervalo entre as coletas de 14 a 21 dias). O MAC-ELISA, na maioria dos casos, permite o diagnóstico presuntivo com uma única amostra de soro, pois é bastante sensível para detecção de IgM, dis- pensando o pareamento do soro. Técnicas de biologia molecular para detecção de antígenos virais e/ou ácido nucléico viral (reação em ca- deia de polimerase (PCR), imunofluorescência, imunohistoquímica e hibridização in situ ), embora não utilizadas na rotina, são de grande utilidade. Há alterações das aminotransferases, que podem atingir ní- veis acima de 2.000 unidades/mm³, sendo a AST (TGO) mais elevada que a ALT (TGP). As bilirrubinas também se elevam nos casos graves, especialmente a fração direta, atingindo níveis acima de 10mg/mm³. Diagnóstico diferencial - As formas leves e moderadas se confun- dem com outras viroses, por isso são de difícil diagnóstico, necessitan- do-se da história epidemiológica para a sua identificação. As formas graves clássicas ou fulminantes devem ser diferenciadas das hepatites graves fulminantes, leptospirose, malária por Plasmodium falciparum , febre hemorrágica do dengue e septicemias. Tratamento - Não existe tratamento antiviral específico. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospita- lização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicada. Os quadros clássicos e/ou fulmi- nantes exigem atendimento em unidade de terapia intensiva (UTI), o que reduz as complicações e a letalidade. D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS
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