DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 179 Febre Amarela CID 10: A95 25 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e gravidade variável. Apresenta-se como infecções subclínicas e/ ou leves, até formas graves, fatais. O quadro típico tem evolução bifá- sica (período de infecção e de intoxicação), com início abrupto, febre alta e pulso lento em relação à temperatura (sinal de Faget), calafrios, cefaleia intensa, mialgias, prostração, náuseas e vômitos, durando cerca de 3 dias, após os quais se observa remissão da febre e melhora dos sin- tomas, o que pode durar algumas horas ou, no máximo, 2 dias. O caso pode evoluir para cura ou para a forma grave (período de intoxicação), caracterizada pelo aumento da febre, diarreia e reaparecimento de vô- mitos com aspecto de borra de café, instalação de insuficiência hepáti- ca e renal. Surgem também icterícia, manifestações hemorrágicas (he- matêmese, melena, epistaxe, hematúria, sangramento vestibular e da cavidade oral, entre outras), oligúria, albuminúria e prostração intensa, além de comprometimento do sensório, que se expressa mediante ob- nubilação mental e torpor com evolução para coma. Epidemiologica- mente, a doença pode se apresentar sob duas formas distintas: Febre Amarela Urbana (FAU) e Febre Amarela Silvestre (FAS), diferencian- do-se uma da outra pela localização geográfica, espécie vetorial e tipo de hospedeiro. Agente etiológico - Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivírus e família Flaviviridae . É um RNA vírus. Vetores/reservatórios e hospedeiros - O principal vetor e reser- vatório da FAS no Brasil é o mosquito do gênero Haemagogus janthi- nomys ; os hospedeiros naturais são os primatas não humanos (maca- cos). O homem não imunizado entra nesse ciclo acidentalmente. Na FAU, o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório e o homem, o único hospedeiro de importância epidemiológica. Modo de transmissão - Na FAS, o ciclo de transmissão se processa entre o macaco infectado → mosquito silvestre → macaco sadio. Na FAU, a transmissão se faz através da picada do mosquito Ae. aegypti, no ciclo: homem infectado → Ae. aegypti → homem sadio. Período de incubação - Varia de 3 a 6 dias, após a picada do mos- quito fêmea infectado.

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2