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OPAS destaca necessidade de intensificar vacinação e vigilância

27/07/2018

Onze países das Américas notificaram 2.472 casos confirmados de sarampo neste ano: Antígua e Barbuda (1), Argentina (5), Brasil (677), Canadá (19), Colômbia (40), Equador (17), Estados Unidos (91), Guatemala (1), México (5), Peru (3) e Venezuela (1.613). Os números são da mais recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com dados fechados no último dia 20 de julho.

A quantidade é mais de seis vezes superior ao registrado no dia 6 de abril deste ano (385 casos confirmados) e 68% maior do que o publicado no boletim anterior, em 8 de junho (1.685 casos confirmados) – o que demonstra a velocidade de propagação da doença. O vírus do sarampo permanece ativo e contagioso no ar ou em superfícies infectadas por até duas horas e pode ser transmitido por uma pessoa infectada a partir de quatro a seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento de erupções cutâneas (vermelhidão na pele).

Por esse motivo, a OPAS volta a destacar a necessidade de os países das Américas intensificarem as atividades de vacinação e vigilância, para prevenir e combater a propagação da doença. No Brasil, o organismo internacional está colaborando com as ações para controle do surto de sarampo em dois estados: Amazonas (444 casos confirmados, a maioria em Manaus) e Roraima (216 casos confirmados).

Em Manaus, o aumento exponencial no número de casos da doença levou o município amazonense a decretar no dia 3 de julho situação de emergência por 180 dias. Além disso, foram confirmados casos isolados de sarampo e relacionados à importação no Rio Grande do Sul (8), Rio de Janeiro (7), Rondônia (1) e São Paulo (1). Esse cenário representa risco de propagação do sarampo para outros estados e países vizinhos.

Por isso, a OPAS está apoiando as atividades de vacinação, vigilância, gestão, informação, educação, comunicação de risco, resposta rápida e mobilização de recursos no estado do Amazonas, em coordenação com as autoridades de saúde nacionais, estaduais e municipais.

Já no estado de Roraima, o organismo internacional está auxiliando o governo federal do Brasil no fornecimento de seringas, na compra de materiais para manter a temperatura adequada das vacinas, na contratação de cerca de 200 vacinadores, aluguel de veículos para transporte de equipes de saúde, planejamento de ações de imunização e no envio de especialistas para apoiar as autoridades nacionais e locais.

A atualização epidemiológica completa pode ser acessada em espanhol ou em inglês.

Comunidades indígenas

Conforme a atualização epidemiológica, as comunidades indígenas que vivem nas áreas fronteiriças da Venezuela são altamente vulneráveis a epidemias de sarampo. Particularmente preocupantes são os Warao que vivem nas áreas de fronteira do estado Delta Amacuro, entre a Venezuela e a Guiana, e os Yanomami que vivem em áreas remotas da selva amazônica, ao longo da fronteira entre a Venezuela e o Brasil.

Américas

A região das Américas foi a primeira do planeta a ser declarada, em 2016, como livre de sarampo – uma doença viral que pode causar graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e até mesmo a morte. Porém, até que a doença seja erradicada em todo o mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou continente ter casos importados.

Por isso, é importante tomar medidas para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo. A principal delas é a vacinação da população suscetível, mantendo no território nacional uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina.

Essa ação deve ser combinada com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais), detectar quaisquer casos suspeitos e realizar ações de bloqueio vacinal (vacinar pessoas não imunizadas que tiveram contato com o caso suspeito) de forma oportuna.

Brasil

No Brasil, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo será realizada neste ano entre 6 e 31 de agosto, sendo 18 de agosto o dia de mobilização nacional – o “Dia D”. Nesta campanha as crianças devem ser levadas aos serviços de saúde mesmo que tenham sido vacinadas anteriormente. As vacinas estão disponíveis nas mais de 36 mil salas de vacinação do país de acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação.

No Amazonas e em Roraima, as atividades para intensificar a vacinação e controlar o surto têm ocorrido desde fevereiro deste ano, com ações de vacinação, vigilância e comunicação, conduzidas pelos governos municipais, estaduais e federal. As faixas etárias dos públicos-alvo da vacinação podem ser diferentes em função da situação epidemiológica de cada localidade.

Informações fundamentais para a população: 

• O vírus causador do sarampo é espalhado por tosse e espirros, contato pessoal próximo ou contato direto com secreções nasais ou da garganta.

• Entre os sintomas estão erupção cutânea (vermelhidão na pele), febre, nariz escorrendo, olhos vermelhos e tosse. Dentre as complicações mais graves estão cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave (que pode provocar desidratação), infecções no ouvido ou infecções respiratórias graves, como pneumonia.

• Pessoas com sinais de sarampo devem ser levadas para um centro de saúde imediatamente.

• O vírus permanece ativo e contagioso no ar ou em superfícies infectadas por até duas horas e pode ser transmitido por uma pessoa infectada a partir de quatro a seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento de erupções cutâneas (vermelhidão na pele).

• No Brasil, quando a pessoa for se vacinar é importante levar junto o próprio cartão de vacinação e o das filhas ou filhos. Assim, os profissionais de saúde poderão ver se serão necessárias outras vacinas. Se a pessoa não tiver o cartão de vacinação, as vacinas também estarão disponíveis para ela. Mas é importante que se lembre de guardá-lo da próxima vez.

• Às vezes, leve inchaço e vermelhidão podem ocorrer no local da injeção da vacina. Isso não deve ser motivo de preocupação e, normalmente, desaparece com compressas mornas e paracetamol.

 

Fonte: Site da OPS