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CFM e ABP lançam campanha Setembro Amarelo para prevenção ao suicídio

04/09/2017

Todos os anos são registrados mais de 10 mil suicídios no Brasil. Preocupado com esse importante tema de saúde pública, o Conselho Federal de Medicina (CFM) desenvolve, a partir de 1º de setembro, uma série de ações na perspectiva de que é possível prevenir esse problema, com o apoio de profissionais de saúde, de todos os níveis de atenção, que estejam aptos a reconhecer os seus fatores de risco.

Durante todo o mês, as redes sociais do CFM, assim como todos os seus veículos de comunicação (jornal, boletim e site), transmitirão informações que poderão ajudar a sociedade a desmitificar a cultura e o tabu em torno do tema e auxiliar os médicos a identificar, tratar e instruir seus pacientes.

É o quinto ano consecutivo que o CFM, em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), participa ativamente da Campanha Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a mobilização acontece durante o mês inteiro.

Com o apoio dos CRMs, das federadas e associados da ABP, médicos em geral e toda a sociedade, a Campanha Setembro Amarelo cresceu e hoje conquistou o Brasil inteiro. Esse ano, além das peças que serão publicadas durante o mês nas redes sociais, serão disponibilizados materiais a todos que queiram participar ativamente.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) é a principal promotora dessa iniciativa, cujo objetivo é informar corretamente a população acerca da prevenção do suicídio. Em 2016, a campanha atingiu mais de 50 milhões de pessoas em todo o país, chamando a atenção para esta triste realidade por meio de caminhadas, simpósios, palestras e colaboração com a imprensa e outras entidades.

O impacto dos números – Segundo dados da OMS, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano em todo o mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. A cada três segundos, uma pessoa atenta contra a própria vida. Por isso, milhões de pessoas são afetadas por casos de suicídio a cada ano, incluindo o luto.

Em 2012, o suicídio foi a segunda maior causa de morte entre os 15 e 29 anos de idade, em todas as regiões do mundo. No mesmo ano, 75% dos suicídios ocorridos no mundo foram em países de baixa e média renda. Também em 2012, o suicídio foi responsável por 1,4% de todos os óbitos no mundo, ocupando o 15º lugar entre as principais causas de morte.

Coeficientes de mortalidade por suicídio são estimados em número de suicídios para cada 100 mil habitantes, ao longo de um ano. O do Brasil gira em torno de 11,4 (15 em homens; 8,0 em mulheres). Esse índice pode ser considerado baixo, quando comparado aos de outros países. O leste da Europa, por exemplo, possui coeficiente 27, enquanto o mundo apresenta taxa de 14,5.

Prevenção – Algumas medidas eficazes para a prevenção já são evidenciadas em pesquisas internacionais, como o treinamento de médicos para identificar e tratar corretamente episódios de depressão, a restrição ao acesso a meios letais (armas de fogo, venenos, medicações potencialmente letais, acesso a locais de onde o indivíduo pode se jogar) e o tratamento/acompanhamento de paciente após alta hospitalar de internação ou atendimento em posto de saúde devido a tentativa de suicídio.

Transtorno psiquiátrico – Segundo a ABP, diversos estudos apontam que mais de 90% das mortes por suicídio estão associadas a um transtorno psiquiátrico. Visando contribuir para a redução desses números alarmantes, a campanha Setembro Amarelo busca conscientizar a população acerca da importância da identificação e tratamento corretos das doenças mentais, o que traria um impacto direto na redução das mortes por suicídio.

Falar sobre suicídio de maneira responsável e com base em informações corretas ajuda na sua prevenção. Pensando nisso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a ABP e lançaram duas cartilhas com orientações acerca do tema: "Comportamento suicida: conhecer para prevenir", um manual dirigido a profissionais da imprensa; e "Suicídio: informando para prevenir", voltada aos profissionais da área de saúde.

Fonte: Site do CFM