Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Na Mídia - Pacientes denunciam que Hospital Salgado Filho tinha um médico para cuidar de 45 pacientes na madrugada desta quarta

G1 /

31/07/2019


Conselho Regional de Medicina do Rio diz que situação é inaceitável e pacientes correm riscos. setor está com triplo da capacidade

Pacientes e familiares denunciaram nesta quarta-feira (31) que o Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio, tinha apenas um médico de plantão que era responsável por 45 pessoas na 'sala amarela'. O número de pacientes era três vezes maior que a capacidade do setor.

A unidade tem falta de leitos, de funcionários e até materiais básicos como fraldas geriátricas e macas para pacientes. Em um vídeo obtido pelo RJ1, o parente de uma paciente troca a fralda de uma idosa no meio de outras pessoas.

O Conselho Regional de Medicina do Rio disse que a situação do Salgado Filho é inaceitável e que os pacientes internados aqui estão em risco.

'Os atuais médicos que trabalham nos hospitais do Rio são heróis porque você atender 45 pacientes um só médico, é mais propenso a cometer erro. Os pacientes estão morrendo e vão continuar a morrer não tem nenhuma condição do médico atender dessa forma', afirmou o conselheiro do Cremerj, Raphael Câmara.

O RJ1 mostrou a situação de dona Conceição, de 70 anos, que sofre de uma doença degenerativa em fase terminal e está internada na unidade hospitalar há três meses. Por ter ficado muito tempo acamada, ela ficou com feridas pelo corpo e pegou uma infecção grave.

'Por ela estar com precaução de contato ela deveria estar isolada, mas não tem isolamento aqui no hospital. Ela tem perigo tanto de transmitir quanto de pegar alguma coisa', disse a filha da paciente Flávia Cabral Campos.

O Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital vive o mesmo drama, tem apenas um médico para cuidar dos pacientes mais graves. Além disso, outros dois se revezavam para atender todo o resto do hospital.