Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Na Mídia - Quatro médicos vão responder por morte no Getúlio Vargas

Extra / Cidades

12/11/2018


Polícia considerou que idosa morreu, no Hospital Getúclio Vargas, por falha humana

Os profissionais foram indiciados pelo homicídio de Irene Bento, de 54 anos, em julho. Ela foi mandada para uma UPA mesmo em estado grave.

A Polícia Civil indiciou os médicos Maria de Fátima Bartholo, Ana Paula Noronha, Roxana Mamani e Hector Fabian Bernal por homicídio culposo no caso da morte de Irene de Jesus Bento, de 54 anos. Ela morreu no dia 28 de julho, horas depois de ser liberada pelo Hospital estadual Getúlio Vargas (HGV), encaminhada à UPA vizinha e, depois, retornar ao hospital.

O caso veio a público porque o filho de Irene, Rangel Marques, entrou no hospital em busca de socorro para a mãe e gravou uma das médicas usando o celular durante o trabalho. Em reportagem exibida pelo “Fantástico”, da TV Globo, ontem, a polícia afirmou que a morte de Irene ocorreu por falha humana e não, falha estrutural. Para os investigadores, o erro começou com a médica Ana Paula Noronha (flagrada nas imagens), que deveria ter prestado atendimento a Irene, mas, em vez disso, discutiu com Rangel e abandonou seu posto de trabalho.

Após a saída de Paula, foi Maria de Fátima Bartholo quem atendeu a paciente, que tinha sido avaliada por uma enfermeira e teve seu estado de saúde classificado como grave. Ignorando a sinalização, Maria de Fátima encaminhou Irene à UPA da Penha, próxima ao hospital. Lá, a paciente foi atendida pelo médico Hector Fabian Bernal e passou por exames. Seu estado se saúde piorou, e ela foi sedada. Horas depois, outra médica, a Roxana Mamani, assumiu o caso e determinou que fossem aplicados mais sedativos em Irene.

De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), a utilização concomitante dessas medicações é uma possibilidade que não pode ser afastada como fator desencadeante da morte de Irene.

Após Irene sofrer uma parada respiratória, seu filho foi questionado se assumiria a responsabilidade de transferir a mãe para o Hospital Getúlio Vargas, já que não seria possível entubála. Já de volta ao hospital, ela foi atendida devidamente por outro médico, mas não resistiu.

Secretaria desligou equipes

Em nota, a Secretaria estadual de Saúde afirmou que determinou o afastamento imediato dos profissionais envolvidos e o posterior desligamento das equipes.

O Conselho Regional de Medicina do estado do Rio (Cremerj) abriu sindicância para investigar o caso.

O filho de Irene conta que Ana Paula Noronha alegou, na ocasião em que se recusou a atender a idosa, que dependia do preenchimento de uma ficha da paciente. À polícia, em depoimento, ela afirmou que estava no celular porque pesquisava informações sobre doença de outro paciente da unidade.