Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Na Mídia - Rocha Faria terá nova gestão

Extra / Cidade

28/12/2017


Prefeitura vai rescindir o contrato com a OS Iabas, que administra o hospital

Diante da situação caótica do atendimento no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, a Secretaria municipal de Saúde optou por rescindir o contrato com a Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que administra a unidade. A decisão, que será divulgada hoje pela prefeitura, teria sido tomada após a entidade ter recebido nota abaixo de cinco em três comissões técnicas de avaliação feitas na unidade de saúde. A OS terá que pagar multa, e haverá um período de transição de 45 dias na administração do Rocha Faria.

Anteontem, o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) fez uma vistoria no hospital e constatou, entre outras irregularidades, que na sala vermelha da emergência, onde ficam os pacientes graves, a maioria dos monitores cardíacos não funcionava. Sem manutenção e sem previsão de troca dos equipamentos, a equipe médica do Rocha Faria costuma improvisar com um revezamento de leitos entre os pacientes, para que todos possam ser observados adequadamente por algum período.

Na maternidade, o maior problema encontrado pelo Cremerj foi a falta de médicos, principalmente nos plantões de domingo. As gestantes que precisam ser submetidas a uma ultrassonografia têm sido levadas de ambulância para realizar o exame em outras unidades da prefeitura, porque não há especialista para operar o equipamento. Ontem, o conselho informou que irá entrar na Justiça para tentar obrigar o município a enviar suprimentos para a unidade.

— O jurídico do Cremerj vai entrar com pedido de liminar, para que a secretaria abasteça a unidade com tudo o que ela precisa para funcionar com o mínimo de segurança para os pacientes. O hospital vive uma crise. Nos últimos dois meses, 40 médicos pediram demissão, e os que restaram trabalham sem condições. Faltam luvas, gaze e material para cirurgia na ortopedia. A secretaria só se justifica afirmando que não tem verba. Esta justificativa não pode ser aceita, são vidas em risco — disse o conselheiro Gil Simões.