CREMERJ lamenta morte da médica militar Gisele Mendes
11/12/2024
É com imenso pesar que o CREMERJ recebeu a notícia do falecimento da médica militar Gisele Mendes de Souza e Mello, no fim da tarde desta terça-feira, 10 de dezembro, após a oficial ser baleada na cabeça em um dos prédios do Hospital Naval Marcílio Dias, situado no bairro Lins dos Vasconcelos, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. A capitão de mar e guerra participava, pela manhã, de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha do Brasil, quando foi atingida. A oficial foi socorrida no local, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Força, a militar foi alvejada durante uma operação do Comando da Coordenadoria da Polícia Pacificadora no Complexo do Lins. As investigações estão sendo conduzidas pela própria Marinha.
Formada em medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) no ano de 1993, Gisele Mendes de Souza e Mello dedicou-se à carreira militar e, atualmente, ocupava um cargo de chefia no hospital. Ela era superintendente de Saúde da unidade, segundo a Marinha.
O CREMERJ recebeu com grande indignação e tristeza a notícia de que a médica havia sido baleada dentro da unidade, enquanto realizava uma de suas atividades. Também foi com consternação que o Conselho soube que o Hospital Naval Marcílio Dias, que é referência em atendimentos que vão de baixa à alta complexidade, tenha sido palco de uma violência tão estarrecedora.
O CREMERJ se solidariza com familiares, amigos e colegas de trabalho que estão vivendo este momento terrível e, mais uma vez, pede às autoridades celeridade na apuração dos fatos, responsabilização dos culpados e um plano para evitar efeitos colaterais da violência urbana e de operações policiais realizadas nas proximidades de estabelecimentos de saúde. Médicos e pacientes não podem estar submetidos à tamanha insegurança dentro dos hospitais localizados no estado do Rio de Janeiro.
“É imperioso que as autoridades apresentem aos médicos e aos demais profissionais de saúde e, principalmente, à sociedade medidas objetivas que impeçam a ocorrência de tais fatos que causam apreensão e risco a todos que utilizam os serviços médicos ou de saúde. As unidades são locais que devem transmitir segurança para os pacientes e profissionais que lá atuam, portanto, medidas, neste sentido, precisam ser tomadas urgentemente”, complementa o presidente do CREMERJ, Walter Palis.