Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

CREMERJ realiza evento sobre prevenção ao suicídio

04/10/2024

O CREMERJ promoveu, nessa segunda-feira, 30 de setembro, por meio da sua Câmara Técnica (CT) de Psiquiatria, o evento “Setembro Amarelo – Prevenção ao Suicídio”. O encontro aconteceu no auditório Júlio Sanderson, na sede da autarquia, em Botafogo, na Zona Sul da capital, e contou com transmissão ao vivo pelo canal do Conselho, no YouTube.

As boas-vindas aos participantes foram dadas pelo primeiro vice-presidente do CREMERJ, Luiz Fernando Nunes, pela conselheira responsável pela CT, Margareth Martins Portella, e pelo coordenador da CT, Marcos Alexandre Gebara Muraro.

A abertura do evento contou com a palestra "Neurobiologia do Comportamento Suicida", apresentada por Marcos Gebara, que também preside a Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro (Aperj). Ele destacou a gravidade das tentativas de suicídio como emergências médicas e trouxe à tona dados alarmantes sobre as taxas globais, com ênfase no fato de que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Gebara abordou os principais fatores de risco e antecedentes desse tipo de comportamento, discutiu substâncias com “efeito antissuicida" e ressaltou sinais que indicam a ideação da prática. Em seguida, apresentou aspectos neurobiológicos relacionados ao comportamento, como neuroprogressão degenerativa, neuroplasticidade, vulnerabilidade genética e regulação epigenética, que ajudam a entender melhor o fenômeno.

Na sequência, a psiquiatra e pesquisadora do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB-UFRJ), Isabela Melca, discutiu a abordagem da ideação e das tentativas de suicídio em emergências hospitalares. Ela destacou a importância de tratar esses casos como crises, e não como atos intencionais, além de enfatizar a necessidade de superação do preconceito e da desinformação. A pesquisadora também ressaltou que o ambiente hospitalar deve ser um espaço de prevenção e triagem dos pacientes em risco.

A última palestra do evento foi conduzida por Alexandre Martins Valença, professor do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do programa de ensino e pesquisa em psiquiatria forense do IPUB. Em sua explanação, ele abordou o preocupante cenário de suicídios entre médicos e estudantes de medicina. Ele falou também sobre homicídio seguido de suicídio – evento frequentemente associado ao feminicídio, citando estudos e dados que reforçam essa correlação.

Valença concluiu sua apresentação tratando da importância da divulgação de informações sobre sinais e sintomas de transtornos mentais e da necessidade de ampliação da rede de atenção à saúde mental, medidas essenciais para a prevenção desses casos na avaliação dele.