CREMERJ e PMERJ debatem propostas para segurança dos médicos

O CREMERJ e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) se reuniram para tratar de avanços em ações para garantir a segurança dos médicos nas unidades de saúde. O encontro aconteceu nesta terça-feira, 1º de agosto, no Quartel General da PMERJ, no Centro do Rio de Janeiro. A reunião foi conduzida pelo conselheiro do CREMERJ Raphael Câmara e pelo secretário de Estado e comandante-geral da PMERJ, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires.

Na reunião, a PMERJ apresentou algumas propostas. A primeira delas é a inserção de um botão on-line para os médicos – denunciarem algum tipo de agressão durante a atividade profissional – no aplicativo do órgão, o RJ 190. Acionada, a Polícia irá redirecionar uma viatura até o local. Essa medida deve ser lançada, em parceria com o CREMERJ, ainda este ano.

A segunda sugestão é a inclusão de unidades de saúde no Programa de Parcerias, que tem o objetivo de conectar entidades públicas e privadas ao sistema da PMERJ. O intuito é ampliar o monitoramento e facilitar a atuação policial, por meio do compartilhamento de imagens de videomonitoramento e alertas de sensores com a PMERJ. Para isso, os interessados devem se inscrever até dezembro, seguindo as instruções do chamamento público.

Também foi debatida a possibilidade de desenvolver um aplicativo próprio para os hospitais, nos moldes do já existente para auxiliar as escolas cadastradas, em caso de algum tipo de ameaça.

A reunião contou com a participação do subsecretário de gestão operacional da PMERJ, o coronel Rogério Lobasso; da coronel Juliana Milward, que é médica infectologista; do diretor de Sistemas da Informação, o major Thyago Ferreira Vieira; e de uma equipe técnica do CREMERJ.

As propostas são fruto de uma série de conversas entre o Conselho e a PMERJ em busca de medidas que visem à segurança dos médicos nas unidades de saúde. A primeira reunião aconteceu em agosto de 2022 e a penúltima em junho deste ano.

No encontro, o CREMERJ reforçou a urgência dessas medidas, lembrando o episódio recente que ocorreu com uma médica que foi agredida durante o exercício profissional em um hospital em Irajá – na Zona Norte da capital. Além disso, o Conselho apontou que, de acordo com um levantamento feito pelo Portal da Defesa Médica da autarquia, 546 médicos foram agredidos durante o trabalho, no período de dezembro de 2018 a junho de 2023. Deste total, 75 casos foram de agressão física.

O CREMERJ também destacou a Resolução 344/2023, aprovada em junho, que determina que todas as unidades de saúde do estado do Rio de Janeiro forneçam segurança para garantir a integridade física dos médicos e demais profissionais que atuam nesses estabelecimentos. A normativa também torna compulsória a notificação ao CREMERJ sobre a ocorrência de violência contra médicos dentro desses estabelecimentos e indica também que seja oferecido apoio administrativo e psicológico à vítima.